Prédio Histórico da UFPR será reformado e apenas o curso de Direito continuará a funcionando no local| Foto: Valterci Santos/Gazeta do Povo

Novos cursos de pós no ano que vem

Antes de completar 100 anos, a UFPR também deverá ganhar novos cursos. Segundo o reitor, Zaki Akel Sobrinho, o primeiro da lista deverá ser Museologia, em 2011. "Já estamos tratando com o Ministério da Educação. Em 2011 começarão os cursos de Ciências Biológicas e Agronomia em Palotina e um curso de tecnólogo no Litoral", diz. "Em 2009 tivemos 4 novos cursos de mestrado e 4 de doutorado. Em 2010, teremos mais 5 de mestrado e 2 de doutorado", promete.

A festa pelos 97 anos da UFPR continua hoje, com uma homenagem aos servidores aposentados em 2009. Na quinta-feira, haverá a solenidade de doação de quatro obras de artistas paranaenses para o Museu de Arte. Na sexta, Akel e pró-reitores participarão de uma audiên­cia pública em que a comunidade poderá apresentar sugestões.

José Marcos Lopes

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A Universidade Federal do Pa­­ra­ná (UFPR) abriu oficialmente ontem as comemorações de seus 97 anos, que serão completados no próximo sábado, com as atenções voltadas ao centenário da instituição. A previsão é que, até dezembro de 2012, todos os câm­­pus da universidade tenham sido reformados e novos cursos de graduação, mestrado e doutorado estejam em funcionamento. A grande vitrine do centenário, no entanto, será a reforma do Prédio Histórico da UFPR, na Praça Santos Andrade. A ideia é transformar o prédio em um espaço aberto à comunidade, com a ampliação do museu da instituição e a inauguração de salas destinadas a exposições e a apresentações artísticas.

Segundo o reitor da UFPR, Zaki Akel Sobrinho, para todas as obras e reformas previstas – que começariam a ser detalhadas ontem à noite, em uma sessão solene do Conselho Uni­versitário, no Teatro da Rei­toria – serão necessários cerca de R$100 milhões. Pelo me­­nos R$ 50 milhões já estariam garantidos dentro do Reuni, o Programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais, do governo federal (valor referente aos anos de 2008 a 2012). Só para o prédio central seriam destinados R$ 30 mi­­lhões. Além de criar novos espaços, será preciso restaurar o prédio – algumas estruturas em madeira, por exemplo, estão tomadas por cupins.

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"Cereja do bolo"

"É um prédio muito antigo, vamos reformar tudo. Em vez de destinarmos R$ 200 mil para refazer a estrutura de madeira, por exemplo, vamos destinar R$ 1,5 milhão", afirma Zaki Akel. "Não será só uma recuperação, será um restauro. O prédio central vai ser a cereja do bolo do centenário", afirma. O reitor prevê que será necessário correr atrás de mais recursos para tirar o projeto do papel. "Os ministros Fernando Haddad (Educação) e Juca Ferreira (Cultura) já se comprometeram a ajudar", diz. Outros recursos poderão vir de emendas dos deputados federais e senadores do Paraná.

Como o objetivo é fazer do prédio central um espaço cultural, setores administrativos e o curso de Psicologia deverão deixar o espaço – o curso de Direito permanecerá, por ter sempre funcionado no local. O curso de Psicologia deverá ser transferido para o câmpus Rebouças e as Pró-Reitorias ocuparão novos espaços na Reitoria. "O prédio central terá salas de espetáculo e o museu da universidade. Va­­mos ampliar o Museu de Arte (Musa) e catalogar todo o acervo da universidade, que hoje está espalhado", afirma Zaki Akel. "O espaço deve ficar aberto nos fins de semana, para que a população e turistas aproveitem", acrescenta.

Reitoria

A Reitoria também deverá entrar nos 100 anos da UFPR revitalizada. Ainda serão definidos que cursos deixarão o local e irão para outros câmpus, mas a estrutura física será toda reformada. "Faremos desde a troca das pastilhas externas a reformas nos elevadores. Partes do prédio estão literalmente caindo", comenta o reitor. "Estamos em fase de discussão com a comunidade para definirmos quem vai para o Re­­bouças e quem fica. Até o início do próximo ano teremos isso definido", estima. Já está praticamente definido que os cursos de Artes, Comunicação Social e Design ficarão no câmpus Batel, área que ainda pertence ao Instituto Nacional de Se­­guridade Social (INSS) e que está sendo negociada. Os câmpus Politécnico e Jardim Botânico também deverão receber adequações e reformas.

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