A Universidade Federal do Paraná (UFPR) e a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) foram as únicas instituições de ensino superior do estado que melhoraram a colocação entre as 150 melhores universidades da América Latina. É o que aponta o ranking divulgado nesta quarta-feira (10) pelo instituto britânico Quacquarelli Symonds (QS), que faz anualmente o levantamento, com recortes continentais. Outras quatro universidades do Paraná caíram no quadro.
A UFPR subiu da 40.ª para a 23.ª colocação e melhorou sua pontuação – que leva em conta critérios como reputação acadêmica, artigos publicados, citações em artigos e professores com Phd. A UFPR aparece à frente da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) – em 24.º lugar – e atrás da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) – 12.ª colocada. Em nota no site da UFPR, o reitor Zaki Akel Sobrinho avalia a melhora como “reconhecimento” do esforço da instituição em avanços nos cursos de graduação e pós-graduação.
No caso da UTFPR, é a primeira vez que a instituição aparece entre as 150 melhores da América Latina, na 143.ª colocação. O diretor de graduações da Pró-Reitoria de Graduação da UTFPR, Álvaro Peixoto de Alencar, avalia que o aumento de cursos de pós-graduação ajudou na subida no ranking. “Em 2005 tínhamos quatro cursos de mestrado e um de doutorado. Hoje temos 38 mestrados e sete doutorados”, expõe. Outros pontos positivos apontados são o número de professores pós-graduados (dos 2.543 docentes, 975 são doutores e 1.165 são mestres) e o aumento no número de cursos de engenharia da instituição.
No quadro geral, a Universidade de São Paulo (USP) continua como a melhor do país e do continente. Na segunda colocação aparece a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e em terceiro a Pontifícia Universidade Católica do Chile (UC).
Queda
Outras quatro instituições de ensino superior do Paraná caíram no ranking em relação a 2014. A Universidade Estadual de Londrina (UEL), que já havia caído dez posições em relação a 2013, em 2015 aparece em 87.ª colocação (13 a menos que no ano passado). Ainda assim a instituição aparece como a melhor entre as universidades estaduais.
A Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), que em 2014 foi a única a apresentar melhora na pontuação e colocação em relação ao ano de 2013, desta vez viu sua posição cair nos dois parâmetros. Agora a entidade é a 98.ª colocada do ranking. Na sequência, entre as paranaenses, está a Universidade Estadual de Maringá (UEM), no 120.º lugar, seguida da UTFPR. Por último está a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) em 147.º lugar. A universidade de Ponta Grossa vem apresentando queda desde 2013.
Estaduais ainda avaliam colocação como positiva
- Rodrigo Batista
Entre as universidades estaduais, representantes da UEL e UEPG ainda apontam como positiva a colocação de cada uma das instituições no ranking da América Latina. A diretora de avaliação e acompanhamento institucional da UEL, Martha Marcondes, explica que em termos quantitativos é possível ver que outras universidades entraram no ranking, o que pode ter derrubado a posição da universidade de Londrina. “No Paraná, somos a segunda, atrás apenas da UFPR”, lembra.
No entanto, ela diz que é necessária uma avaliação qualitativa para concluir o motivo da queda como um todo. “Precisamos descobrir onde estamos pecando e onde temos que investir. Ainda estamos um pouco atrás de outras paranaenses no ensino a distância, por exemplo”, afirma.
Em nota, a vice-reitora da UEPG, Gisele Alves de Sá Quimelli, destacou que desde a criação do ranking a universidade permanece entre as 150 melhores. A colocação, segundo ela, reflete “políticas institucionais de incentivo à capacitação docente, à pesquisa e à inovação, além de programas/projetos extensionistas de integração com a comunidade e de convênios de internacionalização docente e estudantil”. A UEM foi procurada, mas não respondeu até o fechamento da edição.
Busca por melhoria
Na busca por “excelência e qualidade” nas áreas de atuação, a PUC-PR, em nota, afirmou que desenvolve uma série de ações nesse sentido, “cujos resultados terão grande impacto a médio prazo”. A universidade ainda avalia que oscilações na colocação como a que ocorreu com a instituição estão “dentro de uma margem esperada”.
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