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ENSINO SUPERIOR

UFPR e UTFPR suspendem calendário por causa da greve

Alunos protestaram para chamar atenção sobre paralisação | Hugo Harada/ Gazeta do Povo
Alunos protestaram para chamar atenção sobre paralisação (Foto: Hugo Harada/ Gazeta do Povo)

A Universidade Federal do Paraná (UFPR) e a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) aprovaram ontem a suspensão do calendário letivo deste semestre em função da greve dos professores, iniciada em 17 de maio.

Dos 23 integrantes do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) da UFPR, 13 votaram a favor da decisão. Outras atividades, como o Festival de Inverno, a Feira de Profissões e as comemorações do centenário da universidade não serão canceladas.

A medida atinge a realização das aulas daqui para frente, o lançamento das notas e as matrículas dos alunos que foram aprovados no vestibular de inverno da UFPR Litoral. O Conselho também estabeleceu algumas exceções: alunos do 12.º período de Medicina poderão prosseguir normalmente as atividades de estágio. Além disso, haverá exames finais, entre 2 e 7 de julho, para as disciplinas que não pararam durante a greve. Os alunos que fazem parte de programas de mobilidade com início para o segundo semestre letivo, como o Ciência Sem Fronteiras, também não serão prejudicados pela paralisação.

O Cepe acatou ainda o pedido dos acadêmicos de que as bibliotecas dos cursos, muitas delas fechadas por causa da greve, funcionem em sistema de plantão. Isso porque, como o Capes e o CNPq não alteraram as datas para entrega de teses, os alunos dos cursos de pós-graduação estariam sendo prejudicados.

UTFPR

Na UTFPR, o Conselho Uni­­versitário decidiu pela suspensão do calendário acadêmico a partir da próxima segunda-feira. De acordo com a assessoria de imprensa da instituição, alguns casos serão tratados como excepcionalidade, como o dos professores que não aderiram à greve e poderão continuar as atividades – tendo em vista a proximidade do fim do semestre letivo.

O Conselho Universitário ainda não decidiu se eventuais faltas ou provas perdidas por alunos entre os dias 17 de maio e 29 de junho serão computadas. Esse debate ficará para depois do fim da greve. Na tarde de ontem, alunos da UTFPR bloquearam a Rua Desembargador Westphalen, no bairro Rebou­ças, em Curitiba, para pedir que os universitários que faltaram às aulas a partir do início da greve não sejam prejudicados.

Reivindicações

A greve dos professores é nacional e conta com a participação de 57 instituições federais de ensino superior. A mobilização espera a apresentação de uma proposta de reajuste salarial e alteração do plano de carreira dos docentes, prometida pelo governo à Andes, Sindicato Nacional dos Docentes de Instituição de Ensino Superior, em um encontro ocorrido em 12 de junho.

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