Trinta e cinco mil alunos, professores e funcionários votarão amanhã na consulta popular que escolherá o novo reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Três candidatos disputam o cargo para um mandato de quatro anos à frente da maior e mais prestigiada instituição de ensino superior do estado, a primeira do gênero no país, criada em 1914. Seus números são tão grandes quanto sua importância. Se fosse uma cidade, a UFPR estaria entre os 30 maiores colégios eleitorais paranaenses e seu orçamento anual de R$ 442 milhões seria o terceiro do Paraná, atrás apenas do governo estadual (R$ 12 bilhões) e da prefeitura de Curitiba (R$ 2 bilhões).
A comparação é quase inevitável, mas administrar uma instituição como a UFPR difere muito de uma administração municipal, embora em números ela supere dois terços dos municípios paranaenses. Uma universidade não presta de forma direta os serviços inerentes aos governos municipal ou estadual, por exemplo, mas os conhecimentos ali gerados estão presentes no dia-a-dia do cidadão, seja pela formação de mão-de-obra, seja pela criação de novas tecnologias. E isso tudo não custa pouco, nem é fácil de administrar. Do orçamento deste ano, R$ 384 milhões (ou 87% do total) são aplicados na folha de pagamento.
A proposta de receita para 2006 é de R$ 470 milhões, que ainda depende de aprovação no Congresso Nacional, junto com o Orçamento Geral da União. Pela Lei de Diretrizes Orçamentárias, as repartições públicas devem começar cada novo exercício com os valores já definidos. O Congresso tem, portanto, até dezembro para aprová-la. No caso da UFPR, a folha de pagamento terá um aumento vegetativo, em síntese, uma reposição salarial dos empregados. O aumento será para o custeio. Se aprovado o novo orçamento, a rubrica saltará de R$ 34 milhões para R$ 42 milhões. O valor atual é uma conquista recente e representa o quarto maior entre as universidade federais brasileiras.
A eleição de amanhã é na verdade uma consulta, cujo resultado terá de ser homologado pelo Ministério da Educação. Por força do Decreto Lei 1.916/96, o Conselho Eleitoral (formado por representantes dos alunos, professores e funcionários) tem prazo até 60 dias antes do término do atual mandato, que vai até o final de abril de 2006, para mandar a lista tríplice com os três mais votados. Caberá então ao ministro da Educação definir o novo reitor. A rigor, não precisa ser necessariamente o mais votado, mas historicamente é este que acaba assumindo o cargo.
As urnas das 18 seções de votação estarão distribuídas nos 10 câmpus da UFPR no estado, das 7 horas às 21 horas.
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