Uma mudança no regulamento das matrículas para novos alunos da Universidade Federal do Paraná (UFPR) vem gerando transtornos tanto para os calouros quanto para o Instituto de Identificação (IIPR). A instituição de ensino deixou de aceitar fotos de menores de 14 anos nos documentos apresentados pelos estudantes, o que fez com que muita gente tivesse de correr atrás de um novo Registro Geral (RG), sobrecarregando ainda mais o já complicado sistema do órgão estadual.
Para dar conta das novas demandas, desde a última segunda-feira (16), o IIPR passou a dar atendimento prioritários aos aprovados no vestibular da UFPR. Ao todo, serão oito profissionais que ficarão encarregados de auxiliar os estudantes que precisarem refazer seu documento de identificação, tirando dúvidas e ajudando no agendamento da confecção da nova carteira de identidade. De segunda a terça-feira, mais de mil atendimentos foram feitos no IIPR só para alunos da UFPR.
De acordo com a UFPR, essa é uma questão que não deveria ter pego ninguém de surpresa. Em nota, a universidade explicou que a exigência do documento atualizado constava no guia do candidato do vestibular, disponível desde agosto do ano passado — tempo considerado hábil pela UFPR para a atualização do RG. Segundo a instituição, o estudante não pode alegar ignorância sobre informação que consta no edital.
Porém, na prática, não foi isso o que aconteceu. Muitos alunos só descobriram a necessidade poucos dias antes do início das matrículas. Aprovado em Ciências Econômicas, Luiz Eduardo Kogut, 17, teve de ir às pressas para o Instituto de Identificação providenciar o novo RG. Para ele, a UFPR deveria ter dado mais destaque à nova exigência. “Claro que foi um erro meu não ter lido o guia do candidato, mas a universidade falhou também ao não comunicar os alunos”, protesta. “Fiz todas as etapas do processo seletivo, desde a inscrição até a realização das provas, com meu RG de 2009, quando eu tinha 10 anos”. Para ele, a mudança poderia ter sido informada aos candidatos durante a segunda fase do vestibular.
Apesar de ter sido atendido pela “força-tarefa” do Instituto de Identificação, Kogut deve conseguir somente o seu protocolo de atendimento a tempo de realizar a matrícula na UFPR — o qual ele espera ser aceito pela universidade como um substituto válido ao velho RG.
Segundo a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), o atendimento prioritário aos estudantes foi feito exclusivamente para ajudar os novos alunos e não deve afetar o atendimento aos demais cidadãos.
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora
Deixe sua opinião