Quatro integrantes do Movimento Brasil Livre (MBL) foram agredidos na tarde desta quinta-feira (13) na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis. Um deles, João Bettega, foi espancado simultaneamente por quatro agressores, chegou a ficar desacordado e precisou ser conduzido ao hospital. Os outros sofreram ferimentos mais leves e após o ato registraram boletim de ocorrência.
Ao todo, foram oito agressores, alguns deles usando máscaras de proteção. Segundo a assessoria de imprensa do MBL informou à Gazeta do Povo, ao menos um dos criminosos portava uma faca, e outros estavam em posse de pedaços de madeira. Dois celulares, um microfone e um óculos foram roubados pelos vândalos.
Nesta quarta-feira, os membros do movimento haviam ido à UFSC para pintar uma parte do Centro de Convivência da universidade, que estava tomado por pichações com temática política de esquerda. Após saírem, o local foi novamente pichado, desta vez com frases contra o MBL, inclusive vinculando o movimento ao nazismo.
“Quando chegaram lá para refazer a pintura, havia uma emboscada. Foi uma agressão bem feia, uma agressão política dentro da universidade. No caso do Bettega, se tratou de uma tentativa de homicídio. Já identificamos cinco deles, que irão enfrentar as consequências. Não vão ficar impunes”, afirma Israel Russo, assessor de imprensa do grupo.
A ação dos integrantes do MBL faz parte de um projeto de denúncia de vandalismo de bens públicos por ativistas de esquerda em universidades públicas. Na semana passada, o projeto teve início com a repintura do Departamento de Filosofia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), tomado por pichações políticas. Lá não houve registro de agressões. “Começamos recentemente no Rio Grande do Sul e a ideia é vir do Sul até o Norte, visitando várias universidades federais. O projeto vai continuar. Pretendemos inclusive voltar na UFSC”, afirma Russo.
A reportagem contatou a UFSC, que até o momento não se posicionou sobre o caso.
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