A mensagem encaminhada pelo prefeito Beto Richa à Câmara Municipal de Curitiba propondo modificações na Lei Geral do Transporte Coletivo completa nesta quarta-feira um ano de tramitação. Em 1.º de agosto de 2006, o prefeito compareceu na abertura dos trabalhos legislativos do segundo semestre e apresentou a proposta da nova lei, que, entre outras mudanças, prevê a necessidade de licitação das linhas de ônibus. A expectativa inicial da mesa executiva da Câmara Municipal era de que o projeto fosse votado até o fim do ano passado. Mas até agora a mensagem não está pronta para ir ao plenário.
De lá para cá, os vereadores criaram uma comissão para estudar o projeto e convocaram entidades interessadas, como o sindicato de trabalhadores do transporte coletivo, empresas de ônibus, além de vereadores e prefeitos da região metropolitana. Discutiram o atual sistema, coletaram sugestões e pretendem apresentar emendas ao projeto.
Mesmo com a preocupação com o debate sobre um assunto que mexe com toda a cidade e com municípios da região metropolitana, o projeto está levando um tempo muito maior do que outros de interesse da prefeitura para ser votado. A mensagem que abriu a possibilidade de parcerias público-privadas em Curitiba, por exemplo, antes de ser votada também passou por discussões para que os vereadores tirassem dúvidas e apresentassem emendas. Mesmo assim, foi votada três meses depois de protocolada. Grande parte dos projetos da prefeitura entra na Câmara com pedido de urgência na votação e é votada uma semana depois.