Após mais de um mês do início das aulas, mais de 2 mil livros didáticos ainda não foram entregues para os alunos de 37 escolas em todo o Paraná. De acordo com Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão responsável pela distribuição do material, o problema aconteceu porque uma das editoras que fornece esses livros não cumpriu os prazos de postagens.
Ao todo, são 2.166 livros que a Editora IBEP precisa enviar para todo o estado. A maior parte das escolas afetadas é da rede estadual, com 31 instituições à espera do material didático, sendo seis delas em Curitiba. Além disso, outras seis escolas municipais também ficaram sem o material didático da editora no Paraná.
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Esses livros deveriam ter sido entregues até a última semana, mas ainda não chegaram aos alunos. De acordo com o FNDE, a expectativa é que a situação se normalize até o fim de março. Os livros enviados por outras editoras já foram entregues.
Segundo o órgão, o problema não é específico do Paraná, mas nacional, embora o fundo não quantifique o número de escolas e alunos afetados no país. De acordo com a Secretaria de Educação (Seed), para contornar a situação, muitos professores estão reutilizando o material didático do ano passado nas aulas.
O Grupo IBEP nega que não tenha feito os envios dos materiais. A empresa fornece livros didáticos ao Paraná por meio de duas editoras, a IBEP e a Editora Base e, por meio de nota, confirma que houve atraso por causa de problemas com a gráfica, mas que isso ocorreu fora do período letivo. Foi após um aditivo de contrato, no entanto, que houve atraso em remessas programadas para ocorrer até o dia 31 de janeiro - antes do início das aulas.
Uma remessa de 34 mil livros da Editora Base foi postada apenas no dia 21 de março, enquanto outra, da Editora IBEP, de 89 mil materiais, teve a postagem no dia 13 de março. Ainda assim, a empresa reforça que já fez todas as entregas previstas. “Veja que houve mesmo o atraso, mas o Grupo IBEP Educação entregou todos os livros previstos em contrato”, afirma o grupo, em nota.
Problemas de logística também afetam distribuição
Paralelo à demora da editora para enviar livros didáticos, outro problema dificulta a vida de alunos e professores: a quantidade insuficiente dos materiais. Segundo o fundo, esta situação é resultado da metodologia utilizada, que leva em conta os dados do Censo Escolar no ano da compra dos livros. Isso faz com que, na prática, o órgão trabalhe com informações com uma defasagem de dois anos. Para o ano letivo de 2017, por exemplo, os números usados são de 2015.
Desse modo, muitas escolas recebem menos livros do que precisam, enquanto outras acabam ficando com mais. Para equilibrar essas balanças, as secretarias municipais e estadual precisam fazer um levantamento para fazer uma distribuição. O problema é que esse processo nem sempre é rápido.
Em Curitiba, a Escola Municipal José Macedo Filho, por exemplo, está com um déficit de 272 livros de diversas disciplinas para atender 510 alunos do 1º ao 5º ano. Ao mesmo tempo, a unidade tem outros 311 livros de outras matérias sobrando. Outra escola consultada pela Gazeta do Povo, mas que a direção pediu para que não tivesse o nome divulgado, relatou ter recebido material didático para estudantes do 6º ao 9º ano quando nem mesmo atende essas turmas.
De acordo com a Secretaria Municipal de Curitiba, as escolas deveriam informar as faltas e excedentes até a quinta-feira (23) para que, a partir desta segunda-feira (27), a pasta possa fazer o cruzamento das informações e fazer a redistribuição.
A Seed informa que os livros da rede estadual também estão em fase de remanejamento, o que pode levar até 30 dias para terminar.
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