Um paranaense se intoxicou com medicamentos a cada duas horas durante o ano de 2015. Segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), foram 4.461 casos registrados durante o ano, número cinco vezes superior ao de intoxicações por abuso de drogas. Para tentar diminuir esse número e conscientizar a população e os profissionais da saúde sobre o consumo e a prescrição consciente de medicamentos, a Sesa iniciou na semana passada uma campanha de conscientização.
“A intoxicação acontece muito em função de uma falsa segurança da população em relação aos medicamentos, já que o remédio é usado para curar uma condição de saúde”, explica o chefe do Centro Estadual de Vigilância Sanitária, Paulo Costa Santana.
Antibióticos
O uso incorreto de antibióticos é motivo de preocupação para órgãos relacionados à saúde. “O uso exagerado tem criado bactérias mais resistentes”, diz Santana. Outro erro comum que deixa as bactérias mais resistentes é interromper o tratamento antes do tempo por já se sentir melhor. “Se vocês descontinuar o tratamento no meio, pode causar uma resistência daquela bactéria, daí aquele antibiótico receitado não vai mais ser útil”, explica.
Segundo Santana, essa sensação de segurança faz com que as pessoas ajam de forma negligente quanto ao uso de medicamentos. “As pessoas tomam dosagens bem acima do que está preconizado, trocam medicações, tomam remédios indicados por parentes ou amigos”, enumera. Além da intoxicação, esse uso incorreto de medicamentos pode acarretar problemas de longo prazo para a saúde e até a morte - em 2015 foram 53 as mortes registradas por intoxicação por medicamentos.
Para evitar esse tipo de problema, as orientações são não fazer automedicação e consumir medicamentos de acordo com as orientações médica, tirando toda e qualquer dúvida com o profissional de saúde responsável pela prescrição. Outra recomendação é fazer a aquisição apenas de remédios registrados no Ministério da Saúde e em estabelecimentos adequados.
Em caso de intoxicação por medicamento, a Sesa orienta que uma unidade de saúde seja procurada imediatamente e que o uso do medicamento seja descontinuado.
Atos
“Fizemos uma ação no dia 4 na Praça Rui Barbosa, em parceria com o Conselho de Farmácia, orientando a população sobre os riscos da automedicação, a necessidade de ler a bula e verificar o prazo de validade dos medicamentos”, conta o chefe do Centro Estadual de Vigilância Sanitária, Paulo Costa Santana.
Nesta ação, começaram a ser distribuídas carteirinhas que servirão para listar os medicamentos e doses prescritos para cada pessoa por diferentes médicos (trazendo, inclusive, o nome do prescritor), evitando prescrições duplas ou “conflituosas”. As carteirinhas serão encaminhadas para todos os municípios, assim como materiais de orientação sobre o uso de medicamentos, para que as pessoas não tomem remédios de maneira negligente.
Já os profissionais da saúde participaram no dia 5 do 1.º Simpósio de Uso Racional de Medicamentos, onde foi discutida a responsabilidade deles neste consumo consciente de remédios.
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