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O parklet piloto é feito com madeira e bambu | Guilliano Gomes/ Gazeta do Povo
O parklet piloto é feito com madeira e bambu| Foto: Guilliano Gomes/ Gazeta do Povo

Diretrizes

O parklet pode ser um meio de revitalizar o Centro de Curitiba, segundo o Ippuc.

Veja algumas questões consideradas pelo órgão:

Instalação no Anel Central, no miolo da região entre as ruas Visconde de Nácar, André de Barros, Mariano Torres, Carlos Cavalcanti e Augusto Stellfeld.

O modelo para replicação de parklets não está definido. Por enquanto, a prefeitura deve indicar possíveis locais de instalação e determinar o modelo. A administração e a manutenção desses pontos pode ser feita pela iniciativa privada.

Na capital, os parklets terão de ser de uso livre, em estruturas fixas ou móveis com materiais de baixo impacto. Podem ocupar uma ou duas vagas de automóveis.

Devem ser espaços de arte e convivência na via urbana e podem ser usados para lazer, gastronomia, leitura, música, recreação, atividades físicas, entre outras funções.

Oferecer um ponto de respiro no meio da cidade é a proposta que Curitiba pode adotar com a instalação de parklets na área central. A estrutura, que pode ser permanente ou reversível, consiste em ocupar uma ou duas vagas de estacionamento para fazer um refúgio junto ao passeio. Valem de jardinetes com bancos a espaços de recreação ou atividade física. A única exigência é ser aberto ao público.

Entenda como funciona o parklet

Inspirado em cidades americanas como São Francisco e Portland, além da iniciativa de São Paulo, o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) já vinha pensando em como estruturar um modelo local de parklet . Daí veio a calhar a iniciativa da 16.ª edição do Projeto de Móveis, promovido pelo Senai do Paraná, em parceria com a Escola Técnica da Madeira de Stuttgart. Um intercâmbio entre estudantes alemães e brasileiros, com a ajuda do Ippuc e da empresa Ronimar, de São José dos Pinhais, está desenvolvendo um projeto piloto de parklet em bambu.

Convênio

O diretor do Senai no Paraná, Marco Secco, explica que todos os anos a escola recebe intercambistas do mestrado profissional da escola alemã, fruto de um convênio, para desenvolver um projeto especial. Aqui, eles trabalham junto com os brasileiros depois de receberem um briefing do projeto. "O importante para nós, da indústria, é ter um projeto com começo, meio e fim e que se traduza em produto", explica. Os alunos devem exibir o protótipo do parklet ainda neste mês, que pode servir posteriormente de modelo para produção em escala.

Esse piloto é desenvolvido com base em algumas instruções do Ippuc. Além de indicar locais onde o parklet poderia ser instalado, o órgão apontou o que não deveria existir no projeto, como explica o assessor de Design do Setor de Mobiliário Urbano do instituto, José Merege. "Não pode ter espaços para guardar droga e temos de evitar que vire uma casa pública. Ainda tem a questão de segurança e iluminação", enumera.

Por enquanto, 15 pessoas trabalham na criação de um parklet modular, que possa se ajustar às necessidades de cada região da cidade em que for instalado — de ponto cultural até central gastronômica. O principal objetivo do Ippuc, ainda de acordo com Merege, é que o parklet possa se tornar uma forma de devolver a cidade para o pedestre. "A ideia é uma possível revalorização do Centro." Por outro lado, o especialista observa que não há como instalar um jardinete em cada quadra. "Tem de escolher um ponto que tenha interesse para atrair público." O espaço pode ser próximo de livrarias ou usado como palco para pequenos shows.

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