A infertilidade é um problema que afeta entre 10% e 15% dos casais em idade reprodutiva, e por muito tempo se acreditou que a mulher fosse responsável pelas dificuldades de engravidar. As estatísticas, no entanto, dividem a responsabilidade entre homem e mulher: em 40% dos casos, a infertilidade é feminina; em outros 40% é masculina; em 10% é de ambos, e nos 10% restantes a causa é desconhecida.
Segundo o ginecologista especializado em reprodução humana Marcelo Cequinel, do Embryo Centro de Reprodução Humana, se o casal não conseguir engravidar depois de um ano de tentativas, é hora de procurar ajuda especializada. Pelo lado feminino, as causas da infertilidade podem ser alteração do muco cervical, patologias uterinas, obstrução tubária, falta ou alteração na ovulação, endometriose ou aderências peritoniais. Nos homens, as causas mais freqüentes são varicocele, infecções, alterações hormonais, anticorpos contra os espermatozóides, obstrução das vias seminais e alterações genéticas.
Segundo Cequinel, a primeira medida a ser tomada é descobrir a causa da infertilidade e só então achar o tratamento adequado. "Alguns problemas não precisam de procedimentos de alta tecnologia. A não-ovulação, por exemplo, é bastante comum e fácil de ser tratado com medicação oral ou injetável, que estimula a produção de óvulos e possibilita a gravidez. No caso de homens que possuem sêmen com baixa concentração, a inseminação artificial é uma alternativa, monitoramos a ovulação e introduzimos os espermatozóides diretamente no útero", exemplifica.
Outra técnica também utilizada em casos de infertilidade masculina é a Injeção Intracitoplasmática de Espermatozóide (ICSI), indicada para homens que produzem quantidades muito pequenas de espermatozóides. "O procedimento é feito por meio da manipulação de um único espermatozóide, que é injetado diretamente dentro do óvulo. Após a fertilização, o embrião é transferido para dentro do útero", explica Cequinel.
Foi a ICSI que tornou realidade o sonho da assistente social Patrícia Castro Gerlack, 35 anos, e seu marido, o engenheiro químico Ricardo Gerlack, 40 anos, de ter um bebê. A primeira tentativa, mesmo com a implantação de quatro embriões, não deu certo; já a segunda, quando foi transferido apenas um, resultou no nascimento de Luíza, hoje com 2 anos. "Ainda existe um certo preconceito em relação à reprodução assistida, mas eu acho que se existe essa possibilidade à disposição temos de utilizar mesmo. É desgastante e frustrante descobrir que o tratamento não deu certo, mas é preciso tentar de novo porque o resultado compensa tudo. Meu médico falava que podia demorar, mas que eu teria meu filho", diz Patrícia, que agora espera o segundo bebê. (CV)
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