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novo boletim

Uma a cada três mortes por gripe no Paraná é de idosos

 | Henry Milleo/Gazeta
(Foto: Henry Milleo/Gazeta)

Um a cada três pessoas que morreram em decorrência de gripe no Paraná possui mais de 60 anos. Os idosos representam, segundo o novo boletim da gripe divulgado nesta quarta-feira (29) pela Secretaria estadual da Saúde (Sesa), 34,6% (47 casos) de um total de 136 óbitos provocados por Influenza. Foram 20 óbitos registrados em uma semana e desses novos casos, 11 referem-se a idosos.

O boletim mostra que o principal responsável pelos óbitos é o vírus H1N1, que neste ano começou a circular com mais intensidade do que em anos anteriores: 43 dos óbitos dos idosos se referem a esse vírus.

Em todo o estado, levando em conta as demais faixas etárias, 125 mortes foram provocadas somente pelo H1N1 em 2016, segundo o boletim. Neste mesmo período do ano passado, o Paraná tinha registrado somente sete mortes provocadas por Influenza, sendo que nenhuma foi causado por H1N1. As mortes por gripe estão distribuídas em 19 das 22 regionais de saúde do estado.

Casos diagnosticados

Ao todo, de acordo com o boletim epidemiológico da Sesa, já foram registrados 807 casos de Influenza – 751 referentes à H1N1. Em uma semana foram diagnosticados 82 novos casos.

Segundo a secretaria, esses números referem-se a pessoas que chegaram a desenvolver algum tipo de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) provocado por Influenza e precisaram ser internados ou acabaram entrando em óbito. “A Vigilância da Influenza e dos outros vírus respiratórios é realizada pela vigilância universal dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) dos internados e óbitos”, informa a pasta por meio do próprio boletim.

O objetivo principal do monitoramento é identificar o comportamento do vírus Influenza, já que são quadros da doença que se agravaram e foi necessária a internação do paciente.

Prevenção

De acordo com a médica e chefe do Centro de Epidemiologia da Secretaria da Saúde, Júlia Cordellini, a maneira mais eficaz para se proteger da gripe é a higiene das mãos. “Lavar as mãos com frequência deve se tornar um hábito. Esta é a melhor maneira de se proteger não só da gripe, mas também de outras doenças”, afirma.

As superfícies e objetos que entram em contato frequente com as mãos, como mesas, teclados, maçanetas e corrimãos, devem ser limpos com álcool. Objetos de uso pessoal, como copos e talheres, não devem ser compartilhados. Também é necessário evitar ambientes fechados e com aglomeração de pessoas.

Segunda Júlia, outra orientação importante é cobrir a boca e o nariz com um lenço descartável quando for tossir ou espirrar. “Adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e a ingestão de líquidos também ajuda na manutenção da imunidade”, complementa.

A superintendente de Vigilância em Saúde da Sesa, Cleide Oliveira, afirma que os idosos precisam tomar cuidados redobrados. “Como muitos deles já possuem comorbidades, é preciso estar atento aos sintomas. Se tiver febre, por exemplo, é preciso ir direto para a unidade de saúde”, orienta.

Estoque de Tamiflu

O Paraná solicitou na semana passada ao Ministério da Saúde mais 100 mil tratamentos Oseltamivir, conhecidos como Tamiflu, para atender a demanda dos 399 municípios do Estado por conta do aumento dos casos de gripe. Mas, segundo a superintendente de Vigilância em Saúde da Sesa, Cleide Oliveira, ainda não obteve resposta para essa solicitação.

De acordo com ela, o Paraná possui 60 mil doses no estoque da Secretaria. “Sem contar os estoques que cada unidade de saúde deve ter. Como o inverno está começando precisamos nos precaver”, diz.

Ela relata que início do tratamento com o Tamiflu em até 48 horas depois do agravamento dos sintomas é muito importante. “Nesse período de tempo a ação do remédio é mais eficiente”, explica. “A Secretaria da Saúde disponibilizou até o momento aos municípios 221 mil tratamentos do medicamento

O Tamiflu é disponibilizado gratuitamente para toda a população pelo Sistema Único de Saúde. A orientação é de que ele seja receitado a todos os casos suspeitos da doença, mesmo sem o diagnóstico laboratorial, em receituário médico simples de serviços públicos e privados.

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