Henrique Schaefer ganhou a primeira caixa de ferramentas do pai, aos 14 anos| Foto: Antonio More/Gazeta do Povo

De primeira viagem

Se você não tem a menor ideia de por onde começar a consertar alguma coisa, uma saída é procurar por cursos rápidos. Há diversas opções, oferecidos por estabelecimentos de ensino e até mesmo lojas de materiais de construção. De bricolagem a encanamento, sempre é possível descobrir como arrumar o que estragou, e de quebra saber quais ferramentas específicas para cada serviço.

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Opções

Nem sempre se tem à mão aquele aparelho necessário para um conserto específico em casa. Na hora de decidir por arrumar o problema por conta, vem a dúvida: comprar ou alugar o equipamento? Se para a compra pesam os argumentos de preço do produto e possíveis usos futuros, no caso do aluguel nem sempre estão disponíveis equipamentos de uso doméstico. Nesse caso, vale analisar qual custo compensa mais: o do aluguel, em tese menor, ou da aquisição do equipamento. Em Curitiba, algumas empresas oferecem serviços de locação, mas há pouca variedade de equipamentos de menor porte. Na maior parte dos casos, o aluguel é para obras mais complexas.

A torneira pinga sem parar, o chuveiro queimou, a porta está emperrada e é preciso pendurar um novo quadro na parede. Não é preciso recorrer ao Chapolin Colorado para fazer esses pequenos reparos em casa. Com um pouco de interesse para aprender a consertar essas coisas e uma boa caixa de ferramentas, qualquer pessoa consegue se virar sozinha.

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A opção por fazer pequenos consertos por conta própria pode significar economia de dinheiro e tempo. O gerente de telemarketing do Balaroti, Ronaldo Garcia, indica que cada pessoa monte sua própria caixa de ferramentas em vez de comprar um kit pronto. "É melhor montar porque a pessoa sabe as habilidades que tem e ela só compra aquilo que realmente vai usar", observa.

INFOGRÁFICO: Preços das ferramentas

Para montar uma caixa básica, alguns itens são essenciais e não custam tanto: alicate, martelo, chaves – de fenda, philips, inglesa e teste, fita isolante e veda rosca, parafusos e pregos variados, buchas, trena, estilete, lanterna e um óleo desengripante (veja infográfico abaixo). A professora Danniella Rosa, do curso Técnico em Mecânica do IFPR, diz que o ideal é guardar todo o equipamento em uma caixa resistente. "Potinhos de maionese protegem pregos e parafusos da ferrugem", sugere.

Um kit um pouco mais elaborado pode contar com conjuntos de chaves, furadeiras, parafusadeiras e até pequenas serras. Se há espaço para manter em casa, uma escada também é de grande valia para reparos simples. O professor e coordenador do curso Técnico de Mecânica do IFPR, Luiz Maurício Valente Tigrinho, dá a dica de guardar todas as ferramentas e acessórios juntos. "Quando for necessário utilizar, eles serão facilmente encontrados", lembra.

De famíliaTradição que passa de pai para filho ganha novos itens com o tempo

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O fotógrafo Henrique Schaefer não teve escolha: ganhou a primeira caixa de ferramentas do pai, aos 14 anos. Ela era básica: uma caixa de metal resistente acomodava diferentes tipos de chaves, fitas, alicate, martelo e estilete. Com o passar do tempo, Schaefer foi acrescentando novos itens e montando caixas específicas para certos serviços, como pequenos reparos no carro ou para os cuidados com o equipamento fotográfico.

Hoje, aos 32 anos, ele faz a maior parte dos pequenos reparos da casa, como trocar a peça daquela torneira que está pingando, mudar o padrão da tomada e até furos para pendurar quadros e espelhos.

Henrique aprendeu tudo sozinho, sempre observando o pai, que tinha uma marcenaria. "Aprendi a mexer em aparelhos com ele e desde criança já peguei gosto pela coisa porque ficava inventando e montando objetos", conta.

Para ele, além dos itens básicos há alguns curingas, que sempre têm a sua utilidade: óleo de máquina de costura e fita crepe, por exemplo. "Com o óleo, você resolve a maioria dos barulhos que tem em casa e a fita crepe também ajuda muito. Era um item que meu pai não usava, mas eu acrescentei."

Fonte: Professores Danniella Rosa e Luiz Maurício Valente Tigrinho, do IFPR, e Ronaldo Garcia, do Balaroti. Infografia: Rafael Andrade/Gazeta do Povo. 
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