Numa sociedade em constante mutação, a ciência que estuda as relações sociais precisa refazer-se a cada dia. Com uma tradição quase bissecular, a Sociologia têm um cânone, um conjunto de teorias, técnicas e metodologias, porém sempre há o desafio de novas interpretações e abordagens para o que vai surgindo. Para tratar não só da sociologia clássica, mas também das questões teóricas e metodológicas dos novos desafios, o 15.° Congresso Brasileiro de Sociologia reúne de amanhã até sexta-feira em Curitiba alguns dos maiores estudiosos do ramo do Brasil e do exterior.
A Sociologia é importante para compreender o sujeito no meio em que ele vive, sendo partícipe direto ou involuntário das mudanças que reconfiguram o meio social. Exemplo dessa dinâmica é a violência de hoje, diferente da violência do século 19, ou os movimentos sociais que impuseram uma nova maneira de pensar a distribuição das terras, ou ainda as relações de trabalho no capitalismo atual, diferente daquele estudado por Karl Marx. Essas novas interações sociais exigem novos métodos e abordagens para compreendê-las.
O congresso buscará debater a articulação entre a tradição e essas transformações. O presidente do 15.° Congresso Brasileiro de Sociologia, o professor José Miguel Rasia, destaca a riqueza da programação: 32 grupos de trabalhos, 31 mesas-redondas, sete conferências, quatro fóruns, sete sessões especiais, três minicursos. Na abertura do evento serão homenageados os sociólogos Luiz Verneck Vianna e Maria Nazaré Wanderley.
Serviço:
15.° Congresso Brasileiro de Sociologia, de 26 a 29 de julho, no prédio da reitoria da Universidade Federal do Paraná, no Centro. Mais informações no site www.sbs2011.sbsociologia.com.br.
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