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Órfão de pai e mãe, José Sandro Velasques vivia num vaivém entre as ruas de Paranaguá e a casa da tia, Alaíde Venturini, que desde criança o criou. Tudo corria bem até ele se misturar com más companhias enquanto cursava informática numa faculdade de Curitiba. Os tios trancaram a matrícula e tentaram recuperá-lo do vício do álcool e das drogas. Não adiantou, Sandro caiu na sargeta. No dia 8 de maio, saiu da casa do irmão, no bairro Figueiras, e nunca mais voltou. Seu corpo foi encontrado por um pescador três semanas depois.

O Corpo de Bombeiros teve de usar um barco para resgatar os restos mortais de um mangue. Ninguém sabe como e quem foi o responsável. A tia reconheceu as roupas no necrotério e não tem dúvidas da tortura. Todos os dentes da frente estavam quebrados, indício de espancamento até à morte. A jaqueta jeans tinha rasgos nas costas e no cotovelo, como se o corpo tivesse sido arrastado sobre pedras. Responsável pela Pastoral Rodoviária em Paranaguá, padre Adelir De Carli enviou o caso ao Ministério Público como prova de tortura praticada contra mendigos. O caso está sendo investigado. (MK)

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