As fortes chuvas voltaram a provocar estragos no Paraná nesta quarta-feira (30). O município de Jacarezinho, no Norte Pioneiro do estado, foi o mais afetado. O temporal causou a morte de uma pessoa na cidade. Margarida Aparecida Silva, de 39 anos, acabou sendo levada pela enxurrada e se afogou.
De acordo com informações do Corpo de Bombeiros de Jacarezinho, começou a chover por volta das 6h. "A chuva estava fraca, mas entre as 8h e as 10h, a água caiu torrencialmente e trouxe muitos prejuízos", diz o tenente dos Bombeiros, Rodrigo Schoemberger. Segundo levantamento realizado pela corporação, 130 residências foram atingidas em cinco bairros. Aproximadamente 580 pessoas foram obrigadas a sair temporariamente das casas, mas já retornaram às residências. Duas pontes do município também foram completamente destruídas.
Além disso, 116 moradores tiveram que se deslocar para a casa de parentes e cerca de 100 pessoas estão desabrigadas e não tem para onde ir. "O fornecimento de água, energia elétrica e o sistema de transporte coletivo da cidade foram bastante prejudicados", afirma Schoemberger.
A cidade de Jacarezinho tem pouco mais de 40 mil habitantes. Segundo os Bombeiros, o sol voltou a aparecer no município por volta do meio-dia e, até as 18h, não havia voltado a chover. O Instituto Tecnológico Simepar informou que, durante a manhã, em pouco mais de três horas foram registrados 66 milímetros de chuva, o que equivale a um terço do que é previsto para todo o mês de dezembro.
De acordo com a meteorologista Sheila Paz, o avanço de uma frente fria que se encaminha para o Paraná induz a um aumento da umidade, o que provoca os temporais. As altas temperaturas também colaboram para a formação das precipitações. Ela diz que as chuvas devem continuar nos próximos dias. "O Norte do Paraná é a região com a maior possibilidade de fortes chuvas na virada do ano", afirma.
Castro
Castro, na região dos Campos Gerais, foi outro município paranaense atingido por um temporal. De acordo com o Corpo de Bombeiros da cidade, as fortes chuvas começaram por volta das 15h30 e duraram apenas dez minutos. No entanto, a quantidade de água que caiu foi suficiente para destelhar 30 residências e provocar a queda de 60 árvores. Houve dez pontos de alagamento, mas nenhum morador precisou deixar a casa. Segundo o Simepar, nesta quarta-feira, choveu um quinto do que é previsto para o mês e os ventos atingiram 85 quilômetros por hora.