Uma semana depois da forte chuva de granizo que atingiu diversas cidades do Paraná, as pessoas impactadas pelo temporal ainda estão trabalhando para reconstruir suas casas. Em Imbituva, nos Campos Gerais, município mais atingido pela tempestade, apesar das seis famílias desabrigadas e das cem desalojados terem conseguido retornar para suas casas até três dias após as fortes chuvas, diversas pessoas não conseguiram recobrir suas casas ainda devido à alta demanda por telhas.
“No comércio não foram encontradas [telhas] em volume suficiente. Algumas pessoas receberam poucas, outras não receberam. A administração está correndo atrás”, explica a agente da Defesa Civil no município Letícia Müller. Segundo ela, a cidade já saiu do “estado de caos”, devido ao grande número de doações recebidas, mas várias pessoas ainda precisam de alimentos, roupas e colchões e há necessidade de decretar estado de emergência.
“Estamos terminando a documentação, mas o índice dos estragos bate com uma situação de emergência”, afirma. No município, mais de 10 mil pessoas foram impactadas pelo temporal e cerca de 2,4 mil casas foram danificadas.
O município de Telêmaco Borba também está analisando a possibilidade de decretar estado de emergência, conforme o diretor operacional da Defesa Civil local José Eloir Schambakler. Apesar de não ter números exatos, Schambakler informa que todos os desalojados já retornaram para suas residências, porém, apenas uma parte das mais de 1200 casas atingidas já foi recoberta.
Em Salto do Lontra, no Sudoeste, onde houve registro de aproximadamente 800 desalojamentos, apenas 250 famílias receberam telhas de fibrocimento para cobrir suas casas. De acordo com a agente da Defesa Civil do município Vera Lovatel, outras famílias optaram por comprar as telhas por conta própria, mas ainda há várias que estão morando temporariamente em casas de parentes. “Segunda-feira chegaram mais telhas e nos próximos dias vamos continuar a distribuição”, explica Vera.
Além das telhas, os moradores atingidos estão recebendo “kits dormitórios”, já que muitos perderam colchões, roupas de cama e roupas. A cidade, onde um total de 7 mil pessoas foram afetadas pelo temporal, continua em estado de emergência.
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