Médicos, enfermeiros e estudantes de Medicina do Hospital Universitário de Maringá (HUM), no Norte do Paraná, terão uma experiência no mínimo inusitada durante as atividades do Dia Mundial de Controle de Infecção Hospitalar, comemorado em 15 de maio. Os treinamentos ficarão a cargo do primeiro robô de telepresença do Brasil, o R1T1, desenvolvido pelo engenheiro de produção Antonio Henrique Dianin, graduado na Universidade Estadual de Maringá (UEM).
Por enquanto, o HUM é o único hospital a fazer uso do sistema. O robô, que se desloca, emite sons, registra e exibe imagens, já vem sendo testado nas dependências do hospital em outras experiências. Agora, o Núcleo de Pesquisa Clínica (NPC) pretende utilizá-lo para reformular a aplicação de cursos básicos e contar com o auxílio da tecnologia para garantir atenção dos participantes.
Vídeos
O primeiro treinamento ocorrerá durante as atividades do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH). O R1T1 será o responsável por apresentar os vídeos explicativos, fazer a conexão com outros participantes em outros estados e países e aplicar jogos de interatividade, como um quiz com perguntas e respostas referentes ao assunto.
"Ensinar como se lava as mãos corretamente não é algo que gera interesse. Chega uma hora que tudo precisa de inovação. Acredito que além de despertar curiosidade, vamos ter um novo conceito a ser explorado nos treinamentos", diz a coordenadora do NPC, Sandra Bin.
Sandra explica que, pela facilidade de controlar o robô, não haverá necessidade de treinar os funcionários. No entanto, durante as atividades do SCIH, ela contará com o auxilio de um técnico de informática do hospital para executar as funções da máquina. "É muito simples dar as coordenadas. Ele [o robô] pode ser facilmente controlado, até por uma criança", garante Dianin.
O R1T1 opera pelo ambiente Windows, compatível com o sistema do hospital e com qualquer dispositivo móvel, podendo ser controlado por um tablet, por exemplo. Além disso, possui sensores de presença que o auxiliam a identificar obstáculos, o que evita "tropeços". Os rostos das pessoas também são buscados pelos sensores. Dessa forma, explica o engenheiro de produção, o robô nunca fica de "costas" para as pessoas. "Durante o treinamento, todos terão atenção", brinca.