Aos 81 anos, Waldo Vieira tem disposição para ministrar e mediar debates e aulas gratuitas sobre os mais diversos temas no bairro Cognópolis. Nesta entrevista, ele fala sobre como surgiu o bairro.
O que levou o senhor a criar Cognópolis?
Por volta de 1957 eu já havia criado um bairro em Uberaba (MG) que hoje é um dos maiores da cidade, o Parque das Américas. Fica perto do aeroporto e de uma mata e ninguém queria fazer casa lá. Hoje é uma organização urbana de grande porte. Quando eu vim para cá, há 14 anos, a intenção era ajudar a criar a cidade universitária em Foz do Iguaçu, até então uma cidade muito turística e ruralista. Minha vida inteira foi dedicada à educação. Ajudei a criar universidades em Uberaba junto com Mário Palmério (educador e político). É nisso que dou valor. Quando cheguei aqui disse que iríamos fazer pouco a pouco instituições de pedagogia e educação. As pessoas vieram, começaram a fazer pesquisas e começaram a chamar o bairro de cidade do saber.
De que forma a Cognópolis contribui com Foz do Iguaçu?
Contribuímos como podemos. Pelo menos 700 pessoas de outras cidades (ligadas à Conscienciologia) vieram para Foz do Iguaçu. Nós ajudamos tudo o que o município se interessa em matéria de educação. Participei da inauguração de um dos Centros de Convivência de Foz, o Érico Veríssimo, e falei que isso precisava ser estendido para todo Brasil. Temos procurado dar o exemplo daquilo que se pode. Foz sempre foi uma espécie de referência na Tríplice Fronteira. Então é preciso honrar a condição intelectual, cultural e de erudição. A educação propriamente dita. Hoje no país nós temos um ministério da Deseducação. Há uma indústria da educação, está tudo errado.
Quais são as perspectivas de expansão de Cognópolis?
Precisamos de um local para os gerontes e de pórticos. Devemos ter também um incremento do empreendedorismo e das construções. Tudo que estamos fazendo é o primeiro bairro do voluntariado do mundo. É preciso vir para cá, conviver conosco para ver essa realidade.
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