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Unespar cobra o fim de obras atrasadas

Alunos e professores fizeram passeata para protestar contra paralisação da reforma da universidade. | Débora Alves/Gazeta do Povo
Alunos e professores fizeram passeata para protestar contra paralisação da reforma da universidade. (Foto: Débora Alves/Gazeta do Povo)

Ainda sem previsão de volta às aulas, alunos e professores da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), em Paranaguá, realizaram ontem uma passeata pelas ruas próximas ao campus. O ato contou com o apoio dos professores da rede estadual de ensino, muitos formados pela Unespar, que endossaram a caminhada.

Com as obras de reforma da instituição paralisadas, os quase dois mil alunos da Unespar Paranaguá não têm salas de aula em condições de recebê-los, além de possuírem apenas um banheiro para atender a todos os acadêmicos e funcionários, entre outros problemas.

O valor liberado pelo governo do estado não é suficiente para quitar as dívidas assumidas na obra, que chegam a R$ 700 mil. A verba aprovada nesta semana é pouca. “Só tem como pagar as dívidas que a obra já nos rendeu, afinal foi paralisada por falta de pagamento. As próximas parcelas, para dar continuidade de fato à reforma, nós não temos previsão de quando o governo vai liberar”, afirma a professora Mary Falcão, do comando de greve.

A professora informou também que, ao término da greve, os alunos não serão prejudicados com a falta de estrutura. A Unespar está em novas negociações para que as aulas sejam lecionadas em lugares alternativos.

Antes da passeata, o deputado estadual Tadeu Veneri (PT) esteve no campus e conversou com os manifestantes. O deputado esclareceu as visões do governo estadual e dos funcionários públicos diante das medidas de austeridade propostas pelo governador.

Para ele, é incoerente atribuir a onda de greves a partidos políticos ou à oposição. “Se a oposição tivesse tamanha força para fazer tudo isso, ela seria o governo”, disse. Segundo o deputado, essa é a mais forte greve em 20 anos.

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