PM acompanha o cumprimento do mandado que repassou prédio à Rodobens| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

O Centro Universitário Campos de Andrade (Uniandrade) perdeu a posse do prédio administrativo da instituição, no bairro Santa Qui­­té­­ria em Curitiba, nesta sexta-feira. Um oficial de Justiça cumpriu o man­­dado de reintegração de posse determinado pela 17.ª Câmara Cí­­vel do Tribunal de Justiça do Pa­­ra­­ná (TJ-PR) no último dia 19 e divulgado no início desta semana. O pré­­dio passa a pertencer a Rodo­­bens Consórcio, empresa que fi­­nan­­ciou a construção do imóvel pa­­ra quitar uma dívida estimada em cerca de R$ 16,5 milhões (valores atuais).O prédio permanecerá lacrado. Dez seguranças contratados pela Rodobens farão a vigilância do local 24 horas por dia e a chave ficará sob a responsabilidade do oficial de Justiça. O campus da Unian­­drade no bairro Santa Quitéria tem dois prédios. O que foi repassado a Rodobens é o menor deles, chamado de Palácio Educacional Amelia Augusta Campos de Andrade. O outro prédio do campus não estaria envolvido na ação.

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O capitão da Polícia Militar do Paraná (PM-PR), Lizanil Miguel, disse que o cumprimento foi executado de forma tranquila. "Foi um mandado pacífico, não houve conflito de qualquer espécie."

Na semana que vem, será realizado um levantamento pela Jus­­tiça para detalhar os bens e móveis pertencentes à Unian­­drade que estão dentro do prédio e que serão devolvidos à instituição, segundo o advogado do consórcio, Murilo Varasquim.

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Alunos

Não há informações se os alunos da Uniandrade podem ser prejudicados pela perda do imóvel. Os advogados da instituição, que acompanhavam a reintegração, disseram que foram orientados a não co­­men­­tar o assunto com a im­­prensa. Porém, funcionários falaram que ocorriam aulas no prédio, onde funciona ainda uma biblioteca, um anfiteatro, o setor administrativo e eram executados projetos de extensão da instituição.

O oficial de Justiça teria tentado cumprir o mandado na noite de quinta-feira, segundo informações dadas no local. Porém, os funcionários teriam impedido o cumprimento por ter uma aula no prédio naquele momento.