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Um dia após a publicação da reportagem "Pronatec po­de ter sido inflado com ma­trículas não confirma­das", o Ministério do Desen­volvimento Social procurou a Gazeta do Povo para reafirmar que o jornal comparou o número acumulado de matrículas, entre 2011 e 2014, com dados fornecidos pelas prefeituras somente deste ano.

Segundo o ministério, os números do Pronatec Brasil Sem Miséria não estão inflados e houve, sim, um aumento significativo nas matrículas do programa entre o ano passado e este ano. "De 692 mil matrículas registradas no ano passado, o número saltou para 1,439 milhão de matrículas em 2014. Foram mais de 3 mil matrículas por dia, atestando o sucesso do programa em todo o país", diz trecho da nota enviada pela União.

A reportagem, entretanto, sustenta que apenas publicou as divergências nos números apresentados pelo governo federal e por cinco de sete prefeituras consultadas – que são demandantes diretas das vagas do Pronatec.

Das cinco capitais consultadas, Florianópolis, Porto Alegre e Salvador informaram os dados de 2014 separados dos demais anos – o que que contraria a alegação do governo de que a reportagem se pautou apenas por dados deste ano.

No dia seguinte à publicação da matéria, Cuiabá e São Paulo (que informaram seus números acumulados) voltaram a ser procuradas pela Gazeta do Povo. Dessa vez, as assessorias das prefeituras afirmaram ter repassado apenas dados deste ano por não terem entendido o pedido original. As respostas iniciais dessas duas prefeituras, entretanto, foram direcionadas conforme uma solicitação por dados de todo o programa, e não se referiam aos números como sendo de 2014. Os pedidos e as respostas foram feitos por telefone e via e-mail.

Para formular sua nota, ontem, o Ministério do Desenvolvimento Social procurou cada uma das prefeituras citadas na reportagem e repassou os nomes dos funcionários com os quais manteve contato.

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