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A execução da obra do chamado Trem Pé Vermelho – projeto de transporte regional de passageiros no Norte e Noroeste do estado – pode estar comprometida. Por causa de uma restrição do Ministério das Cidades, apenas o projeto executivo das extremidades do trecho original foi liberado pelo órgão. "É uma prerrogativa do Ministério atuar em municípios específicos ou em áreas conurbadas", explicou o diretor-executivo da Agência Terra Roxa, Alexandre Farina.

Com isso, apenas seis dos 13 municípios originalmente atendidos fariam parte do transporte regional. O projeto autorizado pelo Ministério das Cidades ligaria em um trecho as cidades de Paiçandu, Maringá e Sarandi e, em outro, Ibiporã, Londrina e Cambé.

No entanto, Farina reconhece que a autorização parcial para a contratação do projeto compromete a obra. "Eu acredito que os responsáveis pela liberação e execução do Pé Vermelho têm o entendimento necessário para compreender que o projeto só tem sentido em sua totalidade. Liberar as extremidades não resolve a questão do transporte na região."

Questionado como o problema poderia ser resolvido, Farina não foi específico, mas pontuou que o trecho ainda não autorizado poderia ficar a cargo do Ministério do Transporte e ter financiamento por linhas de crédito do Programa de Aceleramento do Crescimento (PAC) e Caixa Econômica Federal, por exemplo.

O diretor-executivo da Agência Terra Roxa disse acreditar que apesar das dificuldades de execução do projeto, período das obras não deve ser atrasado. "Tenho certeza de que os governos federal e estadual irão encontrar uma solução para liberar as duas fases da obras, extremidades e meio do trecho, de maneira concomitante." Toda a obra teria de ser executada em três anos.

A Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Seil) foi procurada, mas ninguém retornou a ligação até o fim da tarde de ontem.

O custo médio de cada quilômetro de via está estimado em R$ 4,7 milhões, segundo o estudo de viabilidade. Já o valor dos veículos gira entre R$ 2,8 milhões e R$ 3,5 milhões.

O modelo de licitação sugerido é o de participação parcial do poder concedente: a União entraria com 30% a 50% do custo e o vencedor da licitação, que também operaria o sistema por 27 anos, com o restante.

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