Única piscina do Clube da Gente está fechada

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A primeira e até agora única piscina construída nas regionais de Curitiba está fechada há sete meses. A estrutura é o carro-chefe do Clube da Gente do Bairro Novo, na região sul de Curitiba, mas desde o início do ano deixou de servir aos alunos de natação do bairro. As aulas de ginástica e hidroginástica, feitas em uma piscina menor, seguem sendo ministradas normalmente. De acordo com a prefeitura, houve um problema com o sistema de aquecimento da água, que não tem potência suficiente para as baixas temperaturas registradas na cidade e precisará ser substituído.

O prazo estimado para a reabertura da piscina é março de 2012, um ano após o fechamento do espaço. O sistema de aquecimento começou a apresentar problemas ainda em 2010, causando interrupções parciais nas aulas. "A gente vinha procurar a atividade, e nos diziam que azulejos da parte lateral da piscina haviam caído", relata Alysson Gameiro, estudante de 17 anos que praticava natação no Novo Mundo. "Eu tenho bronquite, e a natação tinha me ajudado. Quando voltar, vai ser difícil continuar no mesmo ritmo", diz.

Lançado em 2009, o projeto dos Clubes da Gente prevê a construção de oito complexos aquáticos nas regionais de Curitiba até o fim de 2012. Além da unidade do Bairro Novo, entregue em em 2009, somente a unidade da CIC está em construção. Apesar disso, a prefeitura mantém a data inicial de conclusão das obras. Parte delas, porém, foi modificada para se tornar Centros da Juventude – um formato parecido com o do Clube da Gente, também com piscina.

Para Luiz Fernando Graczyk, presidente da Federação de Esportes Aquáticos do Paraná, a estrutura para a prática de natação em Curitiba é incipiente. "Hoje, existem no máximo 2 mil vagas em piscinas públicas, para uma cidade de milhões de habitantes. Mas estou otimista. Há uma consciência maior da importância da modalidade", avalia. Atualmente, as duas piscinas públicas em funcionamento são as da Praça Ouvidor Pardinho, para hidroginástica, e a da Praça Oswaldo Cruz.

Golfinho

Outra situação que vem sendo discutida é a do Clube do Gol­­finho, antigo espaço de natação localizado no Pilarzinho e responsável por formar competidores de Jogos Pan-Americanos e Olim­­píadas. Fechado desde meados dos anos 90, o clube passou por um processo de degradação. A sala de troféus e o vestiário foram demolidos, e a caldeira usada no aquecimento da piscina foi retirado.

Na última sessão da Câmara antes do feriado de 7 de setembro, o vereador Juliano Borghetti (PP) protocolou um pedido de informações sobre a situação jurídica do imóvel. Borghetti sugere que o Clube do Golfinho seja desapropriado, reformado e passe a ser uma estrutura pública do município. "Eu morava nas Mercês e sempre fiz natação no Golfinho. Uma estrutura como aquela não pode ficar parada. Cabe ao município encontrar um denominador comum", justifica o vereador. Graczyk também frequentou o clube e acompanha a história da sede. "O prédio foi dado como garantia para dívidas junto ao INSS, e o clube acabou indo a leilão. Desde então, iniciou-se uma briga judicial complexa", situa.

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