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Pacientes da Unidade de Saúde (US) 24 Horas do Boa Vista, em Curitiba, enfrentaram domingo a ausência de metade do quadro de médicos. Dos oito profissionais que deveriam estar em expediente, apenas quatro cumpriram plantão. Dois estariam de férias, um estaria doente e outro teria se acidentado.

No fim da tarde de ontem, o médico adoentado – provalvemente com uma gastroenterite – ainda não havia entregue o atestado. Segundo a chefe da US do Boa Vista, Joaninha Lara, ele teria 72 horas para apresentar a explicação formal pela ausência. Já a médica que se acidentou informou ainda no sábado que se ausentaria por ter fraturado a perna. Sobre os dois de férias, Joaninha afirmou que não houve tempo hábil para encontrar outros profissionais para supri-los, já que a saúde municipal estaria com o quadro médico reduzido.

O gestor do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) da Secretaria Municipal de Saúde, Matheos Chomatas, afirma que as quatro ausências são inadmissíveis. A culpa, segundo Chomatas, seria da Fundação da Universidade Federal do Paraná (Funpar), mantenedora do Hospital de Clínicas (HC), que fornece médicos do serviço de emergência à US Boa Vista. "Nada justifica a ausência. Os hospitais têm a obrigação de repor os médicos que faltarem", afirma. Além do HC, Evangélico e Cajuru disponibilizam médicos, pelo sistema CLT, para o atendimento de emergência da prefeitura.

A situação foi discutida ontem com o diretor-geral do HC, Giovanni Loddo, na reunião sobre o aumento do atendimento de emergência em Curitiba. Segundo Chomatas, a Funpar vai abrir sindicância sobre o caso. Se a responsabilidade for somente dos médicos, eles podem ser demitidos do Samu. Já se a questão for uma falha administrativa, a prefeitura poderá deixar de repassar a verba do serviço ao HC. "Férias não são uma situação de emergência. A reposição poderia muito bem ser programada", salienta o gestor Samu da prefeitura. Procurado pela reportagem, o diretor do HC não foi encontrado.

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