Após caminhar da Avenida Paulista até o Parque Ibirapuera como parte das atividades em comemoração ao Dia Mundial da Saúde, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou ontem a ampliação do programa de combate ao tabagismo no país. O governo estima que 200 mil pessoas morram por ano em decorrência dos males do cigarro.
O governo federal vai investir R$ 12 milhões em medicamentos, ações preventivas e treinamento de pessoal, mas a verba pode chegar a R$ 60 milhões, dependendo da adesão dos municípios. A meta do ministério é reduzir de 15% para 9% a proporção de fumantes até 2022.
De acordo com o Ministério da Saúde, 15% das pessoas com mais de 18 anos fumam. Dessas, 14% (cerca de 2,3 milhões de pessoas) querem parar de fumar nos próximos 12 meses, segundo a Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio (Pnad). Ainda segundo dados do governo, em 2012, 175 mil pessoas foram atendidas em unidades credenciadas ao programa de controle do tabagismo. Desde 2005, 304 mil pessoas largaram o vício.
É possível
A meta de redução do tabagismo é ambiciosa, já que pesquisas mostram que só um em cada três fumantes consegue largar o cigarro. Entre os motivos das recaídas estão passar por uma situação de estresse agudo, como perder o emprego, divorciar-se ou enfrentar a morte de um familiar.
Atualmente existem 3 mil unidades de saúde e serviços do SUS que oferecem tratamento antitabaco. A partir de agora, a expectativa do Ministério é aumentar esse número em até dez vezes, pois a habilitação das unidades de saúde ocorrerá por meio do Programa Nacional de Acesso e da Qualidade (PMAQ), que já atinge 30 mil unidades de saúde no País. Para se habilitar a ter o serviço em suas unidades básicas de saúde, as prefeituras precisam aderir ao programa.
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