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investigação

Unila pede que Corregedoria da PM investigue agressão a estudantes

A reitoria da Universidade da Integração Latino-Americana (Unila), em Foz do Iguaçu, encaminhou nesta quarta-feira (6) um pedido ao comando da Polícia Militar para que a corporação apure um suposto abuso de poder de agentes contra um grupo de acadêmicos na madrugada do último domingo (3). Depois da confusão, sete estudantes foram detidos por desacato a autoridade e perturbação do sossego. Apenas dois - um brasileiro e um venezuelano - responderão pelas acusações.

Segundo a secretária de relações institucionais da Unila, Aline Teigão de Albuquerque, "a universidade está trabalhando para esclarecer o caso e evitar novos desentendimentos". Ela adiantou que a corregedoria da PM instaurará um inquérito policial militar para apurar as denúncias. O prazo para a apresentação do relatório com o parecer apontando se houve algum tipo de abuso por parte dos policiais é de 90 dias. O laudo do exame de corpo de delito feito nesta quarta-feira será incluído nas investigações.

Também serão encaminhados esclarecimentos aos governos dos países parceiros do Brasil na universidade. "Além de não admitir qualquer tipo de violência, queremos mostrar que os alunos da Unila não podem ser generalizados por um fato individual. Um dos trabalhos desenvolvidos com os estudantes é o incentivo à integração com a comunidade local e a independência com responsabilidade", comentou a secretária, adiantando que o regulamento com deveres e direitos dos alunos pode ser revisto.

A polêmica em torno do episódio vem movimentando as redes sociais desde o final de semana. Enquanto alunos alegam terem sido agredidos pelos policiais - que foram até um dos alojamentos atendendo a reclamações da vizinhança sobre som alto -, os agentes dizem que foram recebidos com xingamentos e resistência. Alguns estudantes, apontam, aparentavam estar alcoolizados. Imagens captadas pelo sistema de monitoramento do prédio mostram o tumulto no hall de entrada.

Os estudantes declararam em depoimento que estavam comemorando o aniversário de um dos moradores e que a festa estava sendo embalada apenas por duas caixas de som de baixa potência, normalmente utilizadas em computadores. Já alguns vizinhos ao prédio consultados pela reportagem da Gazeta do Povo afirmam que a perturbação é constante tanto durante o dia quanto à noite, em especial nos finais de semana, e que várias vezes tiveram que pedir a intervenção da polícia.

De acordo com a Secretaria de Auxílio ao Estudante, até o final de maio a universidade contava com 1.267 alunos - 622 brasileiros e 645 estrangeiros. Do total, 715 vivem em 11 locais espalhados pela cidade reservados aos alunos e 153 recebem um auxílio moradia mensal de R$ 300 que utilizam para abater os custos com aluguel. Uma das regras previstas no termo de compromisso assinado pelos alunos trata da proibição do consumo de bebidas alcoólicas nos alojamentos.

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