Após o fim da greve dos professores e servidores técnicos, a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) definiu nesta quinta-feira (2) o novo calendário acadêmico 2015 que será encerrado somente no dia 1º de março de 2016. A definição aconteceu após amplo debate em reunião conjunta do Conselho Universitário(COU) e Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe).

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A pró-reitora de Graduação, Liliam Porto, disse que o calendário foi discutido de forma que causasse o menor prejuízo possível aos alunos. “O prejuízo é só no ajuste das datas porque todas as atividades serão absolutamente garantidas e toda a carga horária será realizada”, diz.

Pelo novo calendário, as aulas iniciadas no dia 26 de junho prosseguem até o dia 1º de março de 2016 quando se encerra o ano letivo 2015 e totalizam os 200 dias letivos exigidos pela legislação. O primeiro semestre se encerra no dia 22 de setembro e o início do segundo semestre será no dia 30 do mesmo mês. Haverá um período de recesso entre 18 de dezembro até o dia 18 de janeiro.

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O vestibular 2016 deverá ser pauta de uma próxima reunião do Cepe, mas, segundo Liliam, há um consenso sendo construído para que ele aconteça no mês de janeiro para respeitar as escolas públicas estaduais que precisarão de mais tempo para dar conta de seus conteúdos após a greve dos professores. A universidade aprovou o novo calendário respeitando as necessidades legais e pedagógicas.

Protestos

O anúncio corte de bolsas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibidi) gerou protestos de acadêmicos que foram à reunião com faixas. O Pibidi é um programa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e Ministério da Educação, criado com o objetivo de incentivar a formação de docentes da Educação Básica, por meio da concessão de bolsas para estudantes da licenciatura (bolsistas de iniciação), professores das redes públicas (supervisores) e professores da universidade (coordenadores de área, coordenador institucional e de gestão).

Liliam lembra que há um cenário estadual e nacional de redução de gastos no momento em que há um discurso admitindo que a grande questão nacional é o investimento em educação. “Essa contradição o Brasil vai ter que superar”, afirma. Além dos cortes de bolsas federais, existem atrasos em programas estaduais.

O Pibidi tem aproximadamente 400 bolsistas na Unioeste. “A gente imagina uma tragédia se os cortes forem efetivados”, diz Liliam. Segundo ela, a direção da Capes emitiu uma nota oficial informando que não haverá descontinuidade do programa. “Estamos interpretando que a descontinuidade é manter o que se tem sem ampliação”, observa. O valor da bolsa é de R$ 400,00, mas muitos alunos dependem dela para se manter na universidade e já há uma preocupação com evasão caso os cortes se confirmem.

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