A primeira universidade tecnológica do Brasil, a Federal do Paraná (UFTPR), foi oficialmente instalada ontem, no câmpus do Cefet, em Curitiba. A cerimônia ocorreu sob a ameaça de um protesto de professores da instituição, que estão em plena negociação salarial com o governo federal. Informações extra-oficiais dão conta de que o ministro da Educação (MEC), Fernando Haddad, preferiu não vir ao evento para evitar manifestações. O secretário de Educação Profissional e Tecnológica, Eliezer Moreira Pacheco, foi quem representou o MEC na cerimônia. No entanto, o protesto não se confirmou.
A principal reivindicação da categoria é um aumento de 18% no salário base. O governo ofereceu reajustes nas gratificações, alegando ter um limite de R$ 500 milhões para negociar e que os pedidos estão acima do valor. "Não estou acompanhando as negociações. Está difícil para o governo atender as reivindicações que os docentes querem e merecem porque existem outras demandas, mas sei que o diálogo se mantém", desconversou o secretário.
Para o reitor interino da universidade, Edén Januário Netto, a busca por melhores salários sempre será uma luta continua. "Isso ocorre todos os anos e estar acontecendo na mesma época da instalação da universidade é uma coincidência e não afeta a constituição da escola", observou.
Para Januário Netto, a UFTPR já nasce com uma história de 96 anos. A instituição vai oferecer 11 cursos técnicos integrados e dois subseqüentes, 41 graduações, 41 especializações, quatro mestrados e um doutorado. Cerca de 15.500 alunos regulares, 1.330 professores e 539 técnicos-administrativos. A mudança mais imediata promovida pela transformação em universidade será a concessão do diploma. Quem se formar este ano já sairá com diploma da UTFPR.
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