Entre os 45 melhores cursos universitários do Paraná em 2005, metade deles são das cinco universidades públicas estaduais. UEPG, UEM, UEL, Unicentro e Unioeste tiveram 22 cursos com nota igual ou acima de 7 numa escala de 0 a 10.
O ranking do Ministério da Educação foi formado a partir da soma da nota obtida pelos alunos no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), mais o esforço da instituição em melhorar seus cursos, obtido pelo Indicador de Diferença de Desempenho (IDD), criado nesta edição do exame.
Tiveram melhor classificação aqueles cursos com a maior pontuação na soma dos dois índices com escala de 0 a 5 cada um ou apenas os que obtiveram nota igual ou superior a 7. No caso dos piores cursos, foram selecionados os que obtiveram as pontuações mais baixas ou aqueles com notas igual ou abaixo de 4.
A Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) teve um dos melhores desempenhos entre as instituições estaduais. Foram cinco cursos entre os melhores e nenhum entre os piores. O reitor da UEPG, Paulo Roberto Godoy, acredita que os investimentos da universidade em cursos de extensão e a iniciação científica foram o diferencial para o bom resultado.
"O incentivo aos alunos a participar do ensino, da extensão e de aplicar os conhecimentos adquiridos em sala é o que diferencia o ensino público superior", destaca o reitor. "Acho também que houve uma conscientização do corpo discente. Eles poderiam fazer o exame displicentes, mas sabem que quanto mais o curso for valorizado, melhor para o futuro profissional deles."
A Universidade Estadual de Maringá (UEM) teve seis cursos entre os melhores do estado, mas um deles Arquitetura ficou entre os piores. A reitoria ainda está avaliando por que o curso teve nota tão baixa. "Já sentamos com a coordenadora e agora vamos começar a ler todo o relatório de avaliação, para saber o que aconteceu", comentou a pró-reitora de ensino da UEM, Sônia Lopes Benites.
Algumas universidades paranaenses tiveram cursos entre os melhores do país. A Universidade do Oeste do Paraná (Unioeste), por exemplo, teve nota máxima em Computação e Matemática. O curso de Biologia da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e o de Pedagogia da Faculdade Estadual de Educação, Ciências e Letras de Paranavaí (Fafipa) também foram avaliados entres os melhores do Brasil.
O Enade de 2005 avaliou alunos do primeiro e do último ano de cursos das áreas biológicas, humanas e tecnológicas. Foram 5.511 cursos avaliados no Brasil e 266 no Paraná. Aqueles que obtiveram notas abaixo da média vão passar ainda por uma avaliação in loco. Uma comissão formada pelo Ministério da Educação vai decidir se o curso pode continuar a ser ofertado ou se será preciso a assinatura de um termo de compromisso para sanar as deficiências. Se não forem tomadas providências no prazo estipulado pelo ministério, as graduações correm o risco de ser extintas.
