Professores das universidades estaduais também estão se organizando para interromper as atividades, algumas mesmo antes do início do ano letivo. Por parte dos professores universitários, a principal reclamação refere-se a duas medidas do 'pacotaço" que o governo estadual anunciou nesta semana e que afetariam a autonomia universitária: uma que limita a verba destinada às instituições e outra que inclui a folha de pagamento dos professores no chamado Meta 4, base de dados onde estão os demais servidores públicos do estado. Para os docentes, isso fere a autonomia universitária, pois limita as instituições no âmbito financeiro.
Os professores da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) já definiram o início da paralisação geral para a próxima terça-feira, um dia depois do início do ano letivo. Na segunda-feira, segundo o presidente do Sindicato dos Docentes da UEPG, Marcelo Bronosky, será feita uma recepção aos alunos veteranos para informá-los da situação.
Na Universidade Estadual de Londrina (UEL), no Norte do Paraná, o sindicato dos professores da universidade (Sindiproaduel) marcou para terça-feira a assembleia, segundo o presidente do sindicato, Renato Lima Barbosa. "A resposta que o funcionalismo vai dar é na mesma proporção que o governo está dando com o 'pacotaço'", diz.
O mesmo sindicato reponde pelos professores da Universidade Estadual do Norte do Paraná (Uenp) e da Universidade Estadual do Paraná (Unespar). Nas duas instituições, a paralisação deve ser decidida durante a próxima semana.
A Seção Sindical dos Docentes da UEM (Sesduem), durante assembleia realizada na última quarta-feira, decidiram pelo indicativo de greve. A paralisação será votada em nova assembleia no sia 23 de fevereiro.
Ainda haverá assembleias para definir paralisações dos docentes da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), na próxima segunda-feira e da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), na quarta-feira.