Medidas de ação afirmativa para concessão de bolsas de estudo no exterior pelo programa Ciência sem Fronteiras, do Ministério da Ciência e Tecnologia, ficarão a critério das universidades. O programa não prevê cotas étnicas ou sociais, mas o presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Glauces Oliva, afirmou que as universidades são encorajadas a incluir ações afirmativas nos processos de seleção dos alunos.
"Compete às universidades fazer processo seletivo interno entre os elegíveis, privilegiando o mérito e o desempenho que são o cerne do programa. Cotas poderão ser incluídas no critério de seleção. Não estabelecemos normas a priori porque o perfil das universidades varia", afirmou Oliva.
A falta de menção às ações afirmativas no programa levou a críticas por parte de acadêmicos defensores das cotas. De acordo com o ex-reitor da Universidade Federal da Bahia Naomar Almeida Filho, jovens de classe média alta serão maioria.