Durante 32 horas ininterruptas, mais de 100 estudantes universitários da capital paranaense participam do primeiro Hackathon Curitiba com o objetivo de criar aplicativos para dispositivos móveis que ajudem a cidade.
Os jovens estão reunidos em 23 equipes (com até cinco pessoas) das principais instituições da cidade e devem desenvolver os apps em uma das três áreas: mobilidade, cidadania/acessibilidade e saúde. O evento, que começou às 10 horas de sábado (10), é realizado na Universidade Positivo e vai até as 18 horas deste domingo (11). É o primeiro projeto da recém-criada Secretaria Municipal de Informação e Tecnologia, em parceria com o Sebrae-PR e a universidade.
Das 23 equipes, nove são da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), sete da Universidade Positivo (UP), quatro da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e três da Universidade Federal Tecnológica do Paraná (UTFPR). Ao iniciar a contagem do tempo, os universitários receberam um envelope com as informações sobre a avaliação do projeto e a tão sonhada senha do wifi. Nos rostos, estava a alegria por participar da competição e também a apreensão de começar os trabalhos no aplicativo.
Uma das equipes da PUCPR chegou preparada. Os cinco estudantes levaram travesseiros, cobertores e muitas blusas. "A ideia é revezar, dormir aqui mesmo e ir direto", diz o estudante de Sistemas de Informação Murilo Campaner, 21 anos. Ao lado deles estavam os colegas de curso Victor Pinheiro, 20, Thiago Oliveira, 21, Leonan Mattos, 21, além do Allam Bruno, 19, que estuda Publicidade e Propaganda. "Vou ajudá-los na criação do layout do aplicativo", disse Allam. A equipe da UP tinha um tom mais feminino. Dos quatro integrantes, três eram mulheres, uma raridade no espaço. "Só de estar aqui e encontrar todas essas pessoas já vale a pena", diz a estudante de Sistema de Informação Juliane Gonçalves, 19. No grupo ainda estavam os estudantes Gabriela Saori Hara, 17 e Jefferson Souza, 24. "Vamos sem dormir até não dar mais", afirmou o estudante. No time estava também a estudante de jornalismo Renata Silva Pinto, 20, que ficou incumbida de buscar energéticos assim que o grupo começar a ficar mais cansado.
Premiação
Ao final desse um dia e meio de programação, uma comissão julgadora vai se reunir e avaliar, dentre outros quesitos, a funcionalidade do aplicativo e a criação do projeto. A equipe vencedora será incluída em um projeto de pré-incubação de empresas na Agência PUC de Inovação. Vai ganhar também um ano de consultoria do Sebrae, para a formalização do empreendimento, bolsa de estudos para pós-graduação, entre outros prêmios.
Base de dadosA prefeitura municipal de Curitiba disponibilizou aos estudantes que participam do Hackathon 20 bases de dados do município para que eles usem como informação para a criação dos aplicativos. O secretário da pasta Paulo Miranda explica que não é obrigatório usá-los, mas ajuda no processo.
Além disso, ele disse que vai disponibilizar esses mesmos dados no site da prefeitura nos próximos dias. A ideia é que todas as informações para que quem quiser criar algum software ou aplicativo tornem-se públicas. "As informações são referente ao transporte público como horários de ônibus, alvarás expedidos, mobiliário urbano, entre outros dados. Com isso, a população também pode exercer a fiscalização dos serviços públicos".
Veja fotos da Hackathon Curitiba
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