Convênio

Urbs pede renovação de subsídio para o transporte coletivo

A Urbs solicitou oficialmente ontem a renovação do convênio com o governo estadual que garante subsídios para a manutenção do sistema de transporte público de Curitiba e região metropolitana. O convênio em vigor, assinado na gestão passada, termina no início de maio deste ano. De acordo com o presidente da Urbs, Roberto Gregório da Silva Júnior, o subsídio do governo garante o menor valor possível do preço da passagem e a integração do sistema de transporte, com tarifa única. Segundo nota divulgada pela prefeitura de Curitiba, o presidente da Urbs "desautorizou qualquer especulação a respeito de valores da tarifa". A Urbs também afirma que mais de 45% do preço da passagem corresponde ao salário de motoristas e cobradores. Além disso, o órgão aponta que um projeto que prevê o fim da dupla jornada (motoristas-cobradores) também deve pesar no preço final da passagem. As prefeituras de Cascavel, no Oeste, e Londrina, no Norte do estado, também vão reivindicar o subsídio.

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A Urbs, empresa responsável pela administração do transporte coletivo de Cu­­ritiba, informou ontem que já apresentou um plano alternativo para o consórcio de ônibus para suprir a demanda no caso de paralisação dos empregados da CCD Transporte Coletivo S/A. Em assembleia realizada na noite de terça-feira, os funcionários da CCD, responsável por cerca de 10% do sistema de transporte coletivo da capital, decidiram pelo indicativo de greve em 72 horas.

A assessoria de imprensa da Urbs informou que o município não vai interferir na negociação entre a CCD e empregados e que não acredita que a paralisação seja efetivada. Conforme a assessoria do Sindicato de Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc), a paralisação é uma resposta ao atraso no pagamento dos salários do mês de dezembro, do residual do 13º salário e do vale-alimentação. Ainda segundo o Sindimoc, se o pagamento não for efetivado até amanhã, os cerca de 1,1 mil empregados entrarão em greve.

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Empresa

De acordo com o representante legal da CCD, Carlos Alberto Farracha de Castro, a situação deve ser regularizada até sexta-feira, o que impediria a paralisação. A empresa pagou 40% do salário do mês de dezembro, no último dia 20, mas os 60% restantes, com vencimento na última segunda-feira, não foram quitados. A primeira proposta da CCD era pagar o restante em parcelas – em até dez dias. A empresa alega que já quitou o 13º salário e o vale-trans­­porte dos funcionários.

"Nunca atrasamos os salários dos funcionários até o ano passado. O problema é que esse novo modelo do transporte coletivo é deficitário. O fato é que o sistema entrou em colapso", alega Castro.