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transporte coletivo

Urbs e empresas trocam acusações e pedem por auditorias na bilhetagem

A Urbanização de Curitiba S.A. (Urbs), responsável pela administração do transporte coletivo da capital, anunciou ontem que vai solicitar uma auditoria nos sistemas privados de bilhetagem eletrônica dos ônibus da Região Metropolitana de Curitiba (RMC) e dos fundos privados de urbanização. A ação foi anunciada em entrevista coletiva horas depois do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp) divulgar que iria solicitar uma auditoria no sistema de bilhetagem eletrônica dos ônibus controlado pela Urbs e no Fundo de Urbanização de Curitiba (FUC).

O presidente da autarquia, Roberto Gregório, diz que a Urbs está montando uma força-tarefa que pretende analisar as gestões de todas as empresas para tentar identificar onde estão os problemas com relação às contas e aos balanços. "A análise se faz necessária porque todos os repasses da Urbs foram feitos normalmente desde o início do ano, o que totaliza cerca de R$ 800 milhões", afirma Gregório. "Agora, se as empresas utilizaram os repasses para outras finalidades, só elas podem responder", alerta.

O Setransp também alega que, quando o contrato do transporte foi firmado com a prefeitura de Curitiba, em 2011, a Urbs informou às empresas haver um saldo R$ 100 milhões no Fundo de Urbanização de Curitiba (FUC), proveniente de vale transporte vendido e ainda não utilizado. "A Urbs não tem dinheiro para nos pagar, e o fundo, que teria que estar com o dinheiro do transporte, também não. Onde foi usado? Nós não sabemos. Quem tem que verificar é uma auditoria independente, é o Ministério Público", questiona Dante Luiz Franceschi, membro diálogo com a prefeitura de Curitiba e conselho consultivo da entidade e proprietário da São José Filial.

O presidente da Urbs, por sua vez, diz que o órgão não deve nada para as empresas. "O que falta são os R$ 9 milhões do Fundo. Esse montante deve ser aportado por meio do diálogo com a prefeitura de Curitiba e o governo do Paraná", justifica.

Em relação ao dinheiro faltante do FUC, Gregório não sabe esclarecer com precisão, mas relata que, como fundo público, o dinheiro pode ser usado, por exemplo, para a manutenção de terminais quando a verba não vem de outras fontes, apesar de passar por processo licitatório.

Transparência

A Setransp alega que desde 2011 espera por acesso ao contrato entre Urbs e Instituto Curitiba Informática (ICI) sobre a bilhetagem eletrônica para verificar a confiabilidade do sistema.

Gregório nega e diz que o órgão nunca foi questionado sobre o tema.

A reportagem localizou, no entanto, um ofício protocolado pelas empresas em 2012 que fazia a solicitação.

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