Os passageiros que tentaram economizar no último dia em que a passagem de ônibus em Curitiba custava R$ 1,90 estão há uma semana sem conseguir carregar os créditos que compraram via internet. A prefeitura da cidade diz que tudo não passou de uma falha no sistema. Cerca de 3 mil usuários foram afetados pelo problema.
A passagem de ônibus subiu para R$ 2,20 no domingo passado. A prefeitura anunciou o reajuste em seu site oficial na sexta-feira, às 18h15. Nesse horário, os passageiros não tinham mais como comprar novos créditos para seus cartões-transporte na sede da Urbs, empresa que gerencia o sistema de ônibus da capital.
Quem quis economizar comprou novos créditos na noite de sexta e no sábado via internet, ainda pelo preço antigo. Os internautas imprimiam um boleto, ainda com o valor de R$ 1,90 por passagem, e pagavam nos bancos na segunda-feira.
Desde segunda-feira até ontem, porém, os usuários não conseguiam recarregar nos terminais os créditos que foram pagos. De acordo com informações da assessoria de imprensa a Urbs, o excesso de compras em um mesmo dia ocasionou uma sobrecarga no sistema e não foi possível processar os pedidos de todos.
Até a manhã de ontem, quem ligava para o serviço de atendimento da Urbs para reclamar do problema era avisado de que deveria mandar por fax o boleto e o comprovante de pagamento para que os créditos fossem liberados.
Quem entrou em contato com o mesmo serviço no fim da tarde de ontem recebeu o aviso de que hoje pela manhã o problema seria solucionado e não era mais preciso enviar qualquer comprovante.
Pressão
Os partidos de oposição ao prefeito Beto Richa (PSDB) estão tentando barrar na Justiça o reajuste da tarifa. Hoje de manhã o PV promete protocolar uma ação no Fórum Civil de Curitiba questionando o aumento de 15,7% na passagem de ônibus da capital e de mais 13 cidades da região metropolitana. Na quarta-feira, o PT protocolou no Ministério Público uma representação com o mesmo teor.
A prefeitura de Curitiba afirma que o reajuste foi necessário porque a passagem estava defasada. Desde que a tarifa chegou a R$ 1,90, o diesel teria subido 52%, por exemplo. Segundo os cálculos oficiais, caso o valor não fosse readequado, haveria um déficit de até R$ 122 milhões no sistema de transporte coletivo.
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