Uma hora antes da seleção brasileira entrar em campo para o jogo contra o Japão pela Copa do Mundo, muitos torcedores vão por à prova sua animação no trânsito de Curitiba. Caso se repita nesta quinta-feira à tarde o que aconteceu no primeiro jogo do Brasil, na terça-feira da semana passada, antes de parar para assistir à partida, o curitibano vai perder um bom tempo no trânsito congestionado do Centro da capital.
Para evitar dor de cabeça, a prefeitura sugere o uso do transporte coletivo, que vai estar com toda a frota nas ruas por volta das 15 horas, a escolha de rotas alternativas que não passem pela região central ou fazer acordo de carona com os colegas, para reduzir o número de carros em circulação. Segundo o diretor de trânsito da Urbs, Gilberto Foltran, o movimento no trânsito pouco antes do jogo foi tão intenso na semana passada, que é difícil apontar locais mais críticos para se evitar. "Quem pode, deve aproveitar as rotas periféricas, mesmo que prolongue o trajeto", recomenda.
Os congestionamentos são conseqüência da debandada coletiva: às 15 horas, a maioria do comércio de rua baixa as portas; as repartições públicas estaduais encerram o serviço; as escolas liberam os alunos e as empresas dispensam os funcionários. Até mesmo nos grandes shoppings, a perspectiva de movimento baixo levou as administrações a orientar os lojistas a fecharem meia hora antes e reabrirem meia hora após o jogo. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) orientou seus afiliados que alterem o horário de funcionamento das agências para 9h30 às 14h30, em dias úteis com jogos da seleção às 16 horas. Para isso, um aviso deveria estar afixado na porta da agência desde terça-feira.
Para colaborar com a fluidez do tráfego, a prefeitura resolveu adotar outro sistema na liberação dos funcionários hoje: as repartições municipais funcionam das 8 às 14 horas, sem horário de almoço. No primeiro jogo, os cerca de 20 mil servidores municipais saíram às 15 horas. Só os funcionários de serviços indispensáveis não são liberados mais cedo. O atendimento das unidades de saúde fica restrito aos postos 24 horas e Hospital Cajuru, para emergências.
Quem optar pelo transporte coletivo vai encontrar toda a frota na rua 1,8 mil ônibus, para tornar os intervalos de espera menores. A quantidade de ônibus nas ruas é algo inédito na cidade: em dias normais, no horário de pico (18 horas), a frota trabalha com no máximo 90% de sua capacidade. No dia do jogo contra a Croácia, a Urbs trabalhou com 60% dos ônibus em circulação por volta das 15 horas.
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