Quem é mulher sabe que usar sutiã pode ser um grande incômodo. A alça apertada, o ferrinho embaixo, os elásticos atrás - tudo pode machucar e tem dias que dá vontade de tirá-lo no meio da rua. Mas a peça pode afetar a saúde da mulher?
Apesar de algumas mulheres não se sentirem bem com sutiã, o mastologista do Hospital Israelita Albert Einstein, Antônio Frasson, afirma que, até agora, não há nenhum estudo que comprove que o uso da peça pode efetivamente prejudicar a mulher ou gerar problemas de saúde, como câncer de mama.
Na opinião de Frasson, o movimento que existe contra a peça é “mais um modismo comportamental do que uma prevenção”.
Movimento
O movimento contra o sutiã é uma marca do movimento feminista há muito tempo. Em 1968, aconteceu a “Queima dos Sutiãs”, quando aproximadamente 400 ativistas se reuniram em 7 de setembro em Atlanta, nos Estados Unidos, para fazerem um protesto. A intenção era queimar a peça e outros itens que simbolizavam a feminilidade, mas a fogueira acabou não acontecendo.
Olívia Nicoletti, 25 anos, diz que nunca gostou de usar sutiã pelo incômodo, mas a decisão de deixar de usá-lo não foi tão simples. “Sinto falta de ar, pressão e até ânsia de vômito dependendo do modelo. Não foi uma decisão completamente segura ou ‘fácil’ de ser tomada, mas acredito que, com a maturidade, começamos a deixar de lado certas coisas impostas pela sociedade pensando no nosso bem-estar”, explica.