Adolescentes norte-americanos que experimentam cigarros eletrônicos têm duas vezes mais chances de mudar para os cigarros convencionais ante aqueles que nunca utilizaram os aparelhos, disseram pesquisadores da University of Southern California, nesta terça-feira (18).
A descoberta, publicada no jornal JAMA, oferece algumas das melhores evidências até agora, estabelecendo uma conexão entre cigarros eletrônicos e o hábito de fumar, disse Nancy Rigotti, especialista em pesquisas sobre tabaco no Massachusetts General Hospital e autora de um editorial que acompanha o estudo.
“O cérebro dos adolescentes parece ser especialmente suscetível a se tornar viciado à nicotina quando exposto,” disse Rigotti, à Reuters Health.
Cerca de dois milhões de estudantes dos ensinos fundamental e médio experimentaram cigarros eletrônicos em 2014, o triplo do número de usuários adolescentes em 2013, reportou o Centro para Controle e Prevenção de Doenças, em abril.
Os dados dispararam o alarme dos ativistas em favor do controle do tabaco, que temem que os cigarros eletrônicos criem uma nova geração de dependentes de nicotina que podem, eventualmente, se converter ao uso dos cigarros convencionais.