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moradores com medo

USP instala sismógrafos em Londrina para apurar causa de tremores

População do Jardim Califórnia está apreensiva com os sucessivos tremores | Gilberto Abelha/Jornal de Londrina/Arquivo/
População do Jardim Califórnia está apreensiva com os sucessivos tremores (Foto: Gilberto Abelha/Jornal de Londrina/Arquivo/)

O Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP) está instalando sismógrafos na região leste de Londrina para apurar as causas dos tremores de terras em bairros como Jardim Califórnia, Europa e Vila Brasil. Moradores dessa região sentiram dois tremores de terra em menos de um mês. O último deles foi sentido no dia 1.º de janeiro. Os equipamentos portáteis começaram a ser instalados na manhã desta quarta-feira (6).

Dados da USP publicados no site do Centro de Sismologia apontaram para um tremor de magnitude 1,9 na Escala Richter na região leste da cidade. O registro é de 16h49. No último dia 14, outro abalo de magnitude 1,8 havia sido registrado na mesma região.

Segundo José Roberto Barbosa, técnico em sismologia da USP, a princípio o laboratório trabalha com a possibilidade de causa natural. Mas, outras hipóteses não estão descartadas. “Por enquanto, para nós, esses eventos são considerados naturais oriundos dos movimentos das placas tectônicas. Mas, somente depois da instalação dos novos sismógrafos é que poderemos ter uma noção mais precisa do epicentro e das prováveis causas”. Os sismógrafos mais próximos que detectaram os tremores na região estão instalados a 160 km de distância.

Moradores da região têm relatado que os tremores começaram em dezembro, após a construção de uma nova adutora da Sanepar na região. Apesar dos tremores mais fortes terem sido sentidos nos dias 14 de dezembro e 1.º de janeiro, eles dizem que a terra tem tremido frequentemente.

A Sanepar nega a relação levantada pelos moradores. Segundo a companhia de abastecimento, a obra de 2012 já foi concluída e durante sua execução não foi registrado nenhum abalo. Além disso, a empresa informa que acompanha a investigação do fenômeno e se preocupa com um eventual impacto desses tremores na adutora da região. Atualmente, ela está em pleno funcionamento.

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