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Foz do Iguaçu – Os usuários da BR-277, trecho Foz do Iguaçu – Guarapuava, criticaram o reajuste no preço do pedágio que entrou em vigor ontem nas praças administradas pela Rodovia das Cataratas. A maioria dos motoristas é favorável ao pedágio, mas discorda dos dois aumentos praticados em menos de um mês.

A autônoma Geni Ramalho, 27 anos, diz que não aceita dois reajustes sucessivos no preço da tarifa. Na praça de São Miguel do Iguaçu, onde ela passava, o pedágio subiu de R$ 5,40 para R$ 6,00. A praça tem o preço mais alto do trecho. "O preço é abusivo. Deveria ser no máximo R$ 4,50", diz. Na praça de Céu Azul, a tarifa passou de R$ 4,10 para R$ 4,60 e nas demais praças (Cascavel, Laranjeiras do Sul e Candói) de R$ 4,50 para R$ 4,90.

O estudante Márcio Schmit, 28 anos, que cruza o pedágio pelo menos duas vezes ao dia, também discorda do aumento. A exemplo da maioria dos usuários, ele concorda que a qualidade das rodovias melhorou, no entanto, acha que o preço praticado deveria ser menor. Além de criticar o preço, os motoristas da Região Oeste reivindicam a duplicação do trecho Medianeira – Cascavel, na BR-277.

Segundo a Rodovia das Cataratas, o aumento de 10,13%, que entrou em vigor ontem e foi autorizado pelo Tribunal Regional Federal (TRF) da 4.ª Região, está previsto no contrato firmado com o governo. No dia 7 de setembro, a empresa também havia recebido autorização da Justiça para praticar outro aumento. Na ocasião, o governo do estado emitiu uma portaria por meio do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) proibindo o reajuste. Também determinou que a Polícia Militar ocupasse as praças da rodovia para impedir a cobrança. As cancelas ficaram liberadas durante seis dias, mas uma decisão da Justiça fez com que a empresa voltasse a cobrar a tarifa com aumento.

O governo do estado aguarda a conclusão de um estudo para iniciar outra disputa com as concessionárias paranaenses. Por meio do levantamento, o estado pretende mostrar que algumas empresas tiveram lucros acima do permitido nos contratos.

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