O último dia antes da obrigatoriedade do cartão-transporte para uso nos micro-ônibus do sistema de transporte coletivo de Curitiba foi de "correria" no centro da cidade. Nas bancas da Praça Carlos Gomes e da Praça Rui Barbosa havia cartões avulsos para serem vendidos aos passageiros, mas não tinha crédito disponível. "Passei em todas as bancas da região central. Não encontrei nada. Foi muita falta de organização", diz a servidora pública Jurema Fátima da Cunha.
Para comprar o crédito, os donos das bancas precisam ir pessoalmente à Urbs e fazer o pagamento em dinheiro. "Eu comprei três lotes com 300 passagens. Acabou tudo e tive de tirar um funcionário daqui e mandá-lo comprar mais. Essa logística não está funcionando", conta José Autenisio, proprietário da Banca Carlos Gomes. A reportagem ficou na banca por cinco minutos. Nesse período, pelos menos cinco pessoas passaram pelo local para fazer a recarga no cartão.
Por causa da falta de crédito nas bancas, a Urbs da Matriz ficou lotada de gente o dia todo. O atendimento, que geralmente demora 15 minutos, levou duas horas.
Liberadas
De acordo com a Urbs, algumas máquinas foram liberadas na quarta-feira e outras na quinta-feira. Sobre a compra de crédito, o órgão informa que houve um mal-entendido "É só a primeira compra que deve ser feita aqui. Depois, basta fazer um depósito no banco e avisar a gente pelo número que foi dado para eles. Isso foi dito em reunião nesta semana". O órgão também diz que o sistema será melhorado com o tempo. De 12 de julho até ontem, foram emitidos 17.250 cartões-transporte nos nove postos de atendimento espalhados pela cidade bem mais que a média mensal do primeiro semestre, de 7.988.
No débito é mais caro
Há duas possibilidades de cartão: o convencional, feito na Urbs, e o avulso, que custa R$ 3. Quando o usuário faz a carga no avulso, ele paga o valor da passagem de ônibus (R$ 2,70) mais a taxa administrativa das bancas, de R$ 1. Compras realizadas com cartão de débito ou crédito, no entanto, têm acréscimo de 5%. "Se eu não fizer essa cobrança do usuário, não compensa, pois o banco come meu dinheiro", relata Francisco Sildivan, proprietário da Banca da Catia.
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