Vacinação depende de atitude individual, o que dificulta a adesão| Foto: Daniel Castelano/Gazeta do Povo

Depois de ter imunizado cerca de 2,7 milhões de adultos entre 20 e 39 anos em todo o Paraná, a campanha de vacinação contra a rubéola continua em todo o estado até dezembro. O motivo da prorrogação é a necessidade de atingir 95% de cobertura entre a população que pertence a essa faixa etária. Até agora, foram imunizados 79,4% da população alvo. De acordo com informações da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), a vacinação continuará a ser realizada em todas as unidades básicas de saúde do estado.

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Com a prorrogação da campanha, o Paraná acompanha outros estados brasileiros, que também vão continuar as ações de vacinação, já que a porcentagem de adultos imunizados em todo o país também permanece abaixo da cobertura máxima, chegando a 78,5%. A meta de 95% se deve à necessidade de extinção da doença, responsável pela Síndrome da Rubéola Congênita, que pode provocar surdez, cegueira e distúrbios neurológicos em crianças cujas mães adquirirem a doença durante a gravidez.

No Paraná, esta segunda etapa da campanha terá um enfoque diferente do usado até o momento. "Como a abrangência da campanha é diferente em cada município do estado, queremos que cada um deles verifique a sua situação para que possamos buscar estratégias para descobrir as fragilidades e intensificar o trabalhos nos que apresentam baixa cobertura e fechar o mais cedo possível essa meta", comenta a chefe do Departamento de Vigilância Epidemiológica da Sesa, Inês Vian. De acordo com ela, a campanha é destinada a adultos entre 20 e 39 anos porque eles pertencem a um grupo da população que não teve oportunidade de ser vacinado durante a infância, mas a faixa etária na qual elas se encontram também acaba se tornando a maior dificuldade para atingir a meta, já que a imunização depende de uma atitude individual.

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A opinião é compartilhada pela diretora de Epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba, Karin Regina Luhm. "É mais difícil conscientizar pessoas dessa idade porque elas não estão acostumadas com a idéia de que também precisam de vacina. Para alcançar o controle de uma doença, como já conseguimos com a varíola, por exemplo, é necessário que todos entendam a importância da imunização coletiva. Não adianta vacinar somente algumas pessoas, já que a doença é transmitida facilmente pelas vias respiratórias", explica Karin.

Em Curitiba, cerca de 577 mil pessoas já foram vacinadas desde o início da campanha, o que representa um universo de 89,1% de cobertura. Mesmo estando próximo à meta de 95%, o município vai intensificar as ações durante esta semana para tentar atingir a cobertura máxima o mais rápido possível.