Gestantes, crianças de 6 meses a 2 anos e profissionais de saúde fazem parte, a partir deste ano, da Campanha Nacional de Vacinação, ao lado de idosos e da população indígena. A mudança, anunciada ontem pelo Ministério da Saúde, foi tomada com base na experiência da pandemia de gripe H1N1, em 2009. Na época, gestantes e crianças menores de 2 anos mostraram ser, ao lado dos idosos, os mais suscetíveis para desenvolver casos graves de infecção.
Profissionais de saúde foram incluídos por uma razão parecida. "Eles podem ser a porta de entrada do vírus quando tratam de crianças e idosos. Daí, a necessidade também da vacinação desse grupo", afirmou o secretário de Vigilância em Saúde do ministério, Jarbas Barbosa. A vacinação deste ano começa dia 25 de abril e vai até 13 de maio em 65 mil postos de saúde. No primeiro sábado da campanha será realizado o Dia de Mobilização, quando postos de todo o país ficam abertos para vacinar o público-alvo da campanha.
Para a Região Sul, está previsto o envio de 4,8 milhões de doses da vacina, que são suficientes para imunizar o público-alvo, estimado em 4,4 milhões de pessoas. A meta é vacinar 80% dessas pessoas. Em todo o país, devem ser vacinadas cerca de 23,8 milhões de pessoas.
A exemplo de outros anos, a vacina usada na campanha será produzida pelo Instituto Butantã. Neste ano, foram adquiridos 33 milhões de doses ao custo de R$ 229 milhões. A incorporação dos três novos grupos para vacinação contra gripe, conforme o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, é definitiva.A vacina deste ano será feita com cepas de três vírus da gripe que mais circularam no Hemisfério Sul no ano passado, entre elas a H1N1. O ministro assegurou que a inclusão não está relacionada a um risco de retomada da infecção. Para ficar imunizado contra gripe, é preciso vacinação anual. Uma dose é suficiente. A exceção fica por conta das crianças com idade entre 6 meses e 2 anos. Esse grupo deve receber duas aplicações, com intervalo de 30 dias entre elas.