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Vacinação contra HPV

A partir de segunda-feira (10) nas unidades de saúde de todo o estado. Público alvo são meninas de 11 a 13 anos.

Começa segunda-feira a vacinação gratuita de meninas de 11 a 13 anos contra o papilomavírus humano (HPV). A vacina vai estar disponível nas unidades de saúde de todo o Paraná. O público potencial no estado é de 260 mil meninas e a estimativa é de que 80% delas sejam vacinadas.

A imunização vai ser aplicada em três doses. Após a primeira, que começa a ser distribuída nesta segunda-feira, a menina deve voltar à unidade de saúde em seis meses. A terceira dose deve ser aplicada cinco anos após a primeira, para garantir melhores resultados.

O HPV é responsável por 70% dos casos de câncer de colo de útero em todo o mundo, doença que é a terceira principal causa de morte por câncer entre mulheres no Brasil.

Neste ano, a vacina será aplicada em meninas de 11 a 13 anos, mas a faixa etária vai ser progressivamente diminuída até 2016, quando meninas com 9 anos serão imunizadas. A intenção, segundo Juliane Oliveira, diretora do centro de epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba, é fazer com que a vacinação se torne uma rotina nesta idade. "O Ministério da Saúde espera, com essa ação, que as meninas estejam imunizadas antes de iniciar a vida sexual contra o vírus que causa o câncer de colo de útero", explica.

Apesar da imunização ser voltada às meninas, a vacina não é contraindicada para homens, diz Juliane. Como o HPV é transmitido nas relações sexuais, o homem também pode contrair o vírus, que, no caso do sexo masculino, se desenvolve como uma Doença Sexualmente Transmissível (DST), não como um possível câncer, como no caso das mulheres. "Em se tratando de saúde pública, é preciso elencar grupos mais suscetíveis para a imunização. Como o vírus se manifesta de forma mais grave nas mulheres, elas foram selecionadas para serem imunizadas pela rede pública de saúde. Nada impede, porém, que homens tomem a vacina na rede privada", conta.

Quatro tipos de vírus HPV são combatidos pela vacina distribuída no SUS. Dois deles respondem por 70% dos casos de câncer de colo de útero. "Vale lembrar que a vacina é mais uma ferramenta de prevenção, que não exclui o uso de preservativo nem os exames periódicos", salienta Juliane.

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