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| Foto: Ivonaldo alexandre/Gazeta do Povo

Já disponível em algumas clínicas, a vacina contra gripe aplicada na rede privada é diferente da que começará a ser distribuída nos próximos dias pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Desde o ano passado, a vacina quadrivalente contra a gripe tem sido oferecida por alguns laboratórios particulares do país. No SUS, o imunizante distribuído é o trivalente.

Vacina Trivalente

Contem três cepas inativadas do influenza: H1N1, H3N2 e B/Victoria. Essa é a vacina que será distribuída pelo SUS para alguns grupos prioritários (crianças de 6 meses a menores de 5 anos, idosos, gestantes, população indígenas, presos, puérperas e portadores de condições clínicas especiais) a partir de 25 de abril.

A diferença entre as duas é que a vacina paga tem um tipo a mais de Influenza B (a linhagem Yamagata). No mais, são iguais. Amba são feitas com vírus inativados e protegem contra a influenza B (a linhagem Victoria está presente em ambas) e duas cepas de influenza A (H1N1 e H3N2).

Tetravalente

Disponível em algumas clínicas particulares, essa vacina protege contra duas cepas de Influenza A (H1N1 e H3N2) e duas cepas da Influenza B (Yamagata e Victoria). A cepa adicional de Influeza B é o que a diferencia da trivalente. Até o momento, relatos de anos anteriores não demostram que a proteção a essa cepa a mais de Influenza B seja essencial.

“As duas vacinas têm três tipos de vírus iguais, mas a da rede particular tem um vírus a mais. Isso não quer dizer que ela seja melhor que a trivalente, mas é mais atualizada”, resume a diretora-médica do Laboratório Frischmans Aisengart, Myrna Compagnole.

A definição de quais cepas serão utilizadas nas vacinas é feita com base nos vírus circulantes no Hemisfério Norte no inverno do ano anterior. Em 2015, a vacina trivalente continua uma cepa inativada da Influenza B/Yamagata. Neste ano, foi definido que a linhagem Victoria era mais necessária.

“Com base no que ocorreu no ano passado, não existe qualquer comprovação que essa quarta cepa faça diferença neste ano”, diz a infectologista Mônica Gomes da Silva, do Hospital Nossa Senhora das Graças. Na avaliação dela, o momento da aplicação da vacina é mais importante para a proteção que o tipo aplicado.

O corpo demora algumas semanas até desenvolver uma resposta imune após a vacinação e São Paulo vive um surto de H1N1. Somados, os dois fatores tornam importante buscar a vacina o quanto antes, avalia Mônica. Mas isso não precisa significar uma corrida aos postos particulares.

Para quem faz parte dos grupos que receberão a vacina gratuita, pode valer a pena esperar o início da campanha, marcada para 30 de abril. “A gente está sofrendo por algo que está ocorrendo em São Paulo. Aqui ainda não temos evidências de circulação de H1N1”, comenta a infectologista, que ressalta a necessidade de se reforçar as medidas de prevenção da gripe. “Isso vale para todo mundo, até para quem já tomou a vacina. Embora seja muito eficaz, ela não é 100%”, diz.

Provoca gripe?

Não são poucos os relatos de pessoas que após receberem a vacina contra a gripe reclamam de dores no corpo e febre. “Isso não é gripe. É uma reação do sistema imunológico à vacina, um sinal de que o corpo está produzindo anticorpos contra o vírus”, explica Myrna.

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