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 | Rogério Alves/TV Senado/Fotos Públicas
| Foto: Rogério Alves/TV Senado/Fotos Públicas

A mineradora Vale transportava rejeitos de minério de ferro de minas que mantém na região de Mariana para a represa da Samarco que rompeu no dia 5 de novembro. Com a queda da barragem, a lama destruiu o distrito de Bento Rodrigues e chegou, via afluentes, ao Rio Doce, em uma das maiores tragédias ambientais do País.

Até o momento foram confirmadas oito mortes. Três corpos ainda não foram identificados e onze pessoas estão desaparecidas. No sábado (21), a lama chegou ao litoral de Regência, distrito de Linhares, no Espírito Santo, onde o Rio Doce deságua.

A Vale afirmou em nota que o uso que fazia da barragem de rejeitos de minério de ferro de Fundão, no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, era regido por contrato e que o termo dava a Samarco, dona da represa, como “responsável pela gestão, controle e operação dessa deposição”.

A Samarco é controlada pela Vale e pela empresa anglo-australiana BHP Billiton. O texto diz também que o material enviado para Fundão vinha da unidade de Alegria, uma das minas da Vale na região. O total de rejeitos transportados pela empresa para a represa da Samarco, ainda conforme a Vale, era de 5% do que era depositado anualmente na barragem.

Na segunda-feira (23), o presidente da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), Marcio Lacerda, prefeito de Belo Horizonte, se reuniu com representantes de 15 municípios atingidos pela lama que vazou da barragem em Bento Rodrigues.

Além de compensações financeiras para as prefeituras, que perderam arrecadação com a paralisação de empresas que dependiam da água do Rio Doce, foi discutido ainda medidas de longo prazo, como a reconstrução de Bento Rodrigues. Segundo a Defesa Civil, com o volume de lama, o vilarejo terá que ser erguido em outra área.

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