Considerando que os proprietários dos carros e caçambas retirados do pátio até quinta-feira passada tenham pago apenas uma diária, a nova medida adotada pela Diretran já levou R$ 29.253,91 ao cofre da RemovCar cerca de R$ 1,1 mil por dia. "Como está previsto no edital, todo o valor vai para a empresa. O poder público tem retorno com relação ao pagamento de licenciamentos, IPVA ou multas atrasados", explica Adão José Lara Vieira, gestor da Área de Fiscalização de Trânsito da Diretran.
Até quinta-feira passada, 40 carros e seis caçambas continuavam no pátio da Auto Socorro RemovCar, empresa vencedora da licitação para prestar o serviço à Diretran. Para retirar o veículo, o proprietário deve pagar o reboque, as diárias no pátio e os débitos existentes. As taxas variam de R$ 14,76 a R$ 55,09 (diária) e R$ 36,70 e R$ 185,93 (serviço) de acordo com o tamanho e peso do veículo.
A retirada pode ser feita em qualquer dia da semana, entre 8 e 17 horas. Contudo, em casos em que há débitos com multas ou documentação, pode ser dificultada em fins de semana, já que os pagamentos devem ser feitos em agências bancárias, caixas eletrônicos ou casas lotéricas. Depois, o proprietário ainda recebe em casa a multa por estacionar em local proibido. "A grande retirada de veículos já acontece no dia seguinte em que foram guinchados. Alguns dos que continuam no pátio já estão lá há mais de dez dias", conta Vieira. Ele alerta que automóveis parados por mais de 90 dias podem ir a leilão depois da notificação dos proprietários.
A administradora Margaret Maranhão teve de pagar R$ 117,39 para retirar o carro guinchado na noite do dia 19, na Rua Comendador Araújo, por volta das 22 horas. "Achei estranho porque ali não era residencial. Achei que não causaria nenhum transtorno. Num primeiro momento você acha que roubaram o carro. A sensação não é agradável. Foi um erro ter deixado na rua. Agora aprendi", diz.
