O novo decreto da prefeitura de Curitiba para publicidade externa deve afetar diretamente as empresas que anunciam em outdoors e painéis. Como as novas regras reduzirão os espaços para esse tipo de propaganda, a oferta diminuirá e elevará o preço do metro quadrado de painel. A previsão é de empresários do setor, que estimam que os pontos serão reduzidos em 20% a 30% com as novas normas.
Segundo o diretor da seccional paranaense da Central do Outdoor, associação que representa o setor, Ney Queiroz Azevedo, existem hoje cerca de 2 mil outdoors na cidade. Alugados a um preço médio de R$ 450 por quinzena estimativa do Sindicato das Empresas de Publicidade Externa (Sepex), que particiou da elaboração do decreto , os outdoors movimentam cerca de R$ 21,6 milhões por ano em Curitiba. Com a redução do espaço, o valor cairia para R$ 15,1 milhões. Como conseqüência, haveria aumento da qualidade da mídia exterior, afirma Azevedo. "Vai haver uma fiscalização mais rígida e uma atividade consciente das empresas", diz.
O presidente do Sepex, Romerson Faco, explica que para se implantar um painel em área residencial, por exemplo, a empresa terá de se adequar a uma série de questões como recuo e formato ou se o objeto tira a visão de algum imóvel. "Haverá redução da oferta, mas a demanda não vai cair. Aí vai aumentar o valor de um outdoor. Mesmo assim, Curitiba continuará sendo uma das capitais mais baratas", aponta Faco. Em Salvador, por exemplo, o preço médio de um outdoor nas mesmas condições é de R$ 1,3 mil.
O proprietário da RPO Outdoors, Pedro José Prebianca, prevê queda de 50% na movimentação e nos pontos publicitários da empresa. Com cerca de 80 outdoors, Prebianca acredita nos benefícios da mudança. "No começo a gente sente, mas vamos nos adequando", afirma. Para instalar as estruturas de metal, as empresas terão de desembolsar pelo menos três vezes mais do que o custo do outdoor de madeira, conforme previsão do Sepex. "Hoje, a estrutura de madeira custa R$ 1 mil. O retorno vai ser a longo prazo, uns dois ou três anos, mas pelo menos o metal dura mais", diz Prebianca.
A tranqüilidade de Prebianca não é o que sente o empresário Júlio César Zílio, dono da Ábaco Letreiros. "Alguém compra um ponto excelente e a propaganda fica limitada porque a lei controla a poluição visual? Tem de pensar nos empregos que serão gerados. Hoje a lei já é bastante rígida", ataca Zílio, que vende cerca de dez letreiros por mês.
O endurecimento da lei tem seu custo-benefício, aponta o diretor do Departamento de Uso do Solo da Secretaria Municipal de Urbanismo (SMU), Roberto Marangon. A intensificação da fiscalização, somada a maiores restrições de instalação, beneficiarão os anunciantes. "Quando há dez outdoors em um terreno, ninguém consegue ler a mensagem por causa da poluição visual", explica.
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