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Vidros quebrados e pichações feitas por vândalos em estabelecimentos comerciais localizados no centro histórico de Curitiba está revoltando os proprietários e funcionários de lojas. A reportagem da Gazeta do Povo, publicada na edição deste sábado, percorreu o centro histórico e conta os dramas vividos pelos proprietários de estabelecimentos comerciais.

Os donos de três lojas da Praça Garibaldi, no centro histórico de Curitiba, encontraram vidros de seus estabelecimentos quebrados por pedras na manhã de sexta-feira.

"É o cúmulo. Em todo lugar do mundo o centro histórico é valorizado e sofisticado. Aqui ele é abandonado", reclama Giovanni Muffone, dono de um antiquário.

Duas pedras de cerca de 5 centímetros foram encontradas dentro da loja de Muffone, e a reposição dos vidros, feita na sexta-feira mesmo, custou cerca de R$ 600. "Na semana passada arrancaram a nossa placa na fachada, levando a fiação junto. Sem falar das pichações. Não faz muito tempo ganhei outra, bem na esquina", descreve.

Na galeria de arte vizinha, uma placa de madeira cobre a janela enquanto o vidro não é reposto. O dono da galeria, Luiz Fernando Sade, acredita que o vandalismo pode ser uma represália de pessoas envolvidas com o tráfico de drogas, que os comerciantes da praça vêm denunciando.

"Quem não sofreu nada teve sorte", afirma. Esta foi a primeira vez em que Sade teve vidros de sua galeria atingidos, mas os vândalos costumam deixar riscos nos vidros da loja. Em outro estabelecimento, o símbolo anarquista foi riscado quase na mesma altura da guirlanda que enfeita a vitrine da loja.

Renilson Cordeiro, que trabalha em um bar do outro lado da praça, viu um grupo promovendo baderna por volta de 3 horas da madrugada de sexta-feira. "Os adolescentes andam muito por aqui. Faz duas semanas destruíram um orelhão", conta.

Os comerciantes reclamam da ausência de policiamento na região. "Já tivemos guardas aqui na madrugada, mas isso foi décadas atrás", diz Sade. Na tarde de sexta-feira, a reportagem da Gazeta do Povo achou apenas um guarda de trânsito na praça.

Segundo a Prefeitura, quatro guardas municipais patrulham a área da Praça Garibaldi e do Largo da Ordem das 7 às 23 horas. Depois desse horário, são feitas rondas motorizadas. O tenente-coronel Jorge Costa Filho, comandante do 12.º Batalhão da Polícia Militar, diz que o efetivo disponível para a madrugada permite apenas rondas motorizadas.

"O pichador só pode ser preso em flagrante, porque andar com spray não é crime. Vamos trabalhar com o serviço de inteligência da PM para pegar os vândalos", promete.

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